sábado, 2 de maio de 2020

Pesquisa: Bolsonaro e Lula disputaria o 2º turno; ex-ministro Moro ficaria de fora



A Paraná Pesquisas afirma que se eleição de 2022 fosse hoje, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula iriam para o segundo turno. O ex-ministro Sérgio Moro ficaria fora da segunda etapa eleitoral.
De acordo com o instituto, Bolsonaro tem 26,3% das intenções de voto, Lula 23,1%, o que caracterizaria empate técnico entre os dois.
Em terceiro lugar aparece Moro, 17,5%.
Note o leitor que nem Bolsonaro nem Moro possuem partido que possa sustentar sua campanha eleitoral.
Feito esse reparo, no cenário em que Lula é substituído por Haddad, a coisa muda um pouco: Bolsonaro e Moro avançariam para o segundo turno, e o petista ficaria na estrada.
Bolsonaro lidera com 27%, seguido de Moro com 18,1% e Haddad aparece com 14,1%. Mas aí o partido pode fazer a diferença e empurrar o candidato do PT no segundo turno, como já ocorreu em 2018.
A Paraná Pesquisas fez o levantamento entre os dias 26 e 29 de abril. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.
O quadro é mais ou menos esse: Moro só prospera na política se a candidatura de Lula for definitivamente arquivada, ou seja, se o petista não recuperar seus direitos políticos e continuar inelegível.
A sondagem em tela também identificou que Bolsonaro perdeu o eleitor lavajatista e dificilmente irá recuperá-lo até a eleição de 2022.
Resumo da ópera: politicamente falando, Moro está com um jeitão de Joaquim Barbosa, que, após deixar a toga, caiu no ostracismo completo.
Lula foi o melhor presidente da história do Brasil, diz nova pesquisa
O eleitor brasileiro tem uma “memória doce” em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirma a Paraná Pesquisas.
Novo levantamento do instituto aponta que o ex-presidente petista foi o melhor presidente da história do Brasil.
Confira abaixo os números da sondagem:
·         Lula 29,5%
·         Fernando Henrique Cardoso 16,0%
·         Michel Temer 5,0%
·         Itamar Franco 3,4%
·         Dilma Rousseff 2,4%
·         Fernando Collor de Mello 1,6%
·         José Sarney 1,5%
·         Não sabe 4,3%
·         Nenhum 36,1%
Se por um lado Lula foi o melhor presidente da história, por outro, contraditoriamente, os eleitores brasileiros não o querem concorrendo novamente ao Palácio do Planalto.
De acordo com a Paraná Pesquisas, 56% acham que o petista não deve ter o direito de disputar a eleição de 2022 contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No entanto, 40,3% dizem “sim” à candidatura do ex-presidente.
O levantamento também retrata que 42,9% são favoráveis ao impeachment de Bolsonaro e 51,9% são contrários.
Lula e PT voltaram ao cenário com briga Bolsonaro x Moro, diz presidente da Paraná Pesquisas
O presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, disse ao Blog do Esmael nesta terça (28) que o ex-presidente Lula e o PT voltaram à cena política com a briga entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro Sérgio Moro.
Segundo Hidalgo, os três personagens –Bolsonaro, Lula e Moro– são os principais “players” para a disputa presidencial de 2022. “Lula está livre e solto”, lembrou o dono do instituto de pesquisas.
“A briga Moro x Bolsonaro interessa bastante ao PT”, afirmou numa live na noite de ontem. “O PT volta com força e com apelo de mídia”, complementou, ao analisar as discussões sobre o impeachment de Bolsonaro e a possibilidade de instalação da ‘CPI do Moro’ na Câmara.
Para Murilo Hidalgo, para a opinião pública, tanto a CPI do Moro quanto o impeachment de Bolsonaro são vistos como eventos ruins para a sociedade brasileira. “É momento de união e andar para frente”, frisou.
O proprietário da Paraná Pesquisas ainda revelou que o presidente Jair Bolsonaro está avançando no eleitorado do Nordeste brasileiro, que é identificado com Lula e o PT.
“A ajuda emergencial de R$ 600 está abrindo espaço eleitoral para Bolsonaro nas classes D e E, nos mais pobres, nas regiões mais inóspitas, ou seja, num público que sempre votou no PT”, disse Hidalgo, citando o Nordeste.
Na live, o presidente da Paraná Pesquisa registrou que a popularidade de Bolsonaro está consolidada em um terço do eleitorado brasileiro e que o coronavírus é uma espécie de “aliado” do presidente da República para justificar o fracasso na economia, isto é, no aumento do desemprego e pobreza no País.
Fonte: blog do Esmael

PT pede ao STF que determine pagamento imediato de auxílio emergencial



Em ação direta de inconstitucionalidade (Adin) impetrada nesta sexta-feira (1º) no Supremo Tribunal Federal, o PT requer o fim das exigências burocráticas do governo para pagar o auxílio emergencial de R$ 600 a R$ 1.200, como a apresentação de CPF regular do beneficiário e dos filhos menores. Também pede a aceitação automática das declarações ao Cadastro Único. O PT requer ainda que o STF determine a abertura de postos de emergência nos bairros e comunidades, para acabar com as filas humilhantes, entre outras medidas.
Na Adin, o PT solicitou que as exigências de regularidade de quem pediu acesso à renda emergencial básica sejam suspensas imediatamente para que o pagamento da primeira parcela de R$ 600 ocorra rapidamente, acabando com as filas e com a espera pela análise. “Tais exigências ou são inconstitucionais ou devem ser interpretadas conforme dispositivos constitucionais de proteção aos direitos das pessoas”, defende a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT.
“Nosso objetivo é fazer o governo pagar logo e não se apegar a burocracias. As pessoas estão em dificuldades. A fome não espera”, diz Gleisi. “As pessoas não podem ser humilhadas para receber um direito, nem exporem suas vidas ao vírus ficando em longas filas e aglomerações esperando a Caixa atender”. O PT ainda solicitou ao Supremo que determine a abertura de postos de atendimento da Caixa nas comunidades carentes para atender à população. “Isso pode ser feito de maneira itinerante”, destaca.
O auxílio de R$ 600 foi aprovado pelo Congresso em março, depois de Jair Bolsonaro apresentar um projeto que previa o pagamento de meros R$ 200 de auxílio emergencial. Foi a partir de uma proposta do PT, que previa pagar um salário mínimo por mês, encampada pelos partidos de oposição, que o Congresso votou a medida em vigor. O PT acusa o governo de sabotar os pagamentos, exigir comprovações e o rito de uma burocracia que sacrifica quem está mais precisando neste momento. “O governo tem de zelar pelas vidas das pessoas, podendo garantir o pagamento àqueles que estão em dificuldades para manter a si e suas famílias, num momento dramático da vida nacional, em meio à pandemia”, aponta a deputada.
O PT aponta que um dos pontos que precisa ser interpretado conforme a Constituição é o parágrafo 4º, artigo 2º, da Lei 13.982/20, que instituiu o auxílio emergencial. Neste dispositivo está o condicionante da renda que a pessoa precisa ter para receber o seguro quarentena e que serão beneficiadas as pessoas inscritas no Cadastro Único ou por autodeclaração para os não inscritos. “A verificação dessa condicionante tem deixado muitos pedidos em análise por dias, dificultando o acesso das pessoas ao benefício”, alega o partido.
Burocracia atrapalha

Como a situação é de muita gravidade, o PT está solicitando que se considere presumível a regularidade da situação cadastral nestes casos e libere-se o recurso, ficando a comprovação a posteriori. É o “in dúbio pró povo”.

Outra interpretação conforme a Constituição é pedida para o parágrafo 9 do mesmo artigo, que determinou apenas a Caixa Econômica Federal como operadora do pagamento do auxílio. Isso tem levado as pessoas a formarem imensas filas, esperar por horas, até dias, em aglomerações que são disseminadores do vírus, colocando em risco a vida de milhares de famílias. O PT pede pra incluir como órgãos pagadores todas as instituições financeiras públicas federais, como o Banco do Brasil, por exemplo, e aquelas acreditadas pelo governo federal que tenham essa finalidade.
Outros pedidos do PT são para declarar a inconstitucionalidade de outros dispositivos que estão no decreto de regulamentação. Eles têm como característica comum a implementação de exigências não previstas em lei, seja a exigência de regularidade do CPF ou a própria necessidade de indicação dos CPFs dos demais dependentes componentes da família, bem como a limitação do auxílio pelo prazo de 90 (noventa) dias.
Para o PT, o objetivo da ação é deixar claro que o Estado deve sempre maximizar a proteção social e, no caso desse auxílio, alcançar o maior número de pessoas que necessitem, o mais rápido possível. Erros e irregularidades devem ser consertados mais tarde.
As informações são do PT.

Globo interrompe censura e destaca participação de Lula no 1º de Maio


O Jornal Nacional foi obrigado a interromper a censura contra Lula e destacou a participação do ex-presidente durante ato virtual das centrais sindicais em celebração ao 1º de Maio. O fato repercutiu nas redes

247 - O ato virtual das centrais sindicais por ocasião do 1º de Maio, Dia do Trabalho, obrigou o Jornal Nacional a interromper a censura e destacar os discursos dos ex-presidentes Lula e Dilma.
Durante o evento, que foi transmitido nas redes sociais, o tom das mensagens foi de união para enfrentar a pandemia do coronavírus e de crítica ao governo Jair Bolsonaro. 
O fato é considerado inédito pois a emissora tem ignorado os fatos quando o assunto é Lula. O ex-presidente chegou a cobrar do Jornal Nacional a veiculação de sua absolvição na farsa apresentada pelo ex-PGR Rodrigo Janot contra ele e a ex-presidente Dilma Rousseff. "Lula absolvido. Lula Livre. Cai a farsa do "quadrilhão", que Dallagnol usou de base do Power Point e Moro nas farsas judiciais contra Lula. Vai ter quantos minutos no @jornalnacional ?", cobrou o ex-presidente pelo Twitter
No últimos dias, em meio à crise do governo Bolsonaro, os ex-presidentes continuaram a ser excluídos da edição da Globo, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi ouvido em três destas ocasiões e o ex-presidente José Sarney em uma.
Nas redes sociais, o fato repercutiu entre os internautas.

Bolsonaro divulga ataque ao STF e diz que “ninguém vai querer dar um golpe em cima de mim”


Bolsonaro divulgou no Facebook na manhã deste sábado vídeo com ataques ao STF e insinuou que a Corte planejaria “um golpe” contra ele. Redes sociais bolsonaristas estão divulgando a fake news sobre o STF intensamente desde a noite desta sexta
Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro foi às portas do Palácio do Alvorada na manhã deste sábado para mais um encontro com os bolsonaristas que, cada dia em menor número, aglomeram-se em plena epidemia de coronavírus. No vídeo, editado pela Presidência e postado na página de Bolsonaro no Facebook, aparece um apoiador atacando o STF (Supremo Tribunal Federal). Em resposta, Bolsonaro diz: “Ninguém vai querer dar um golpe em cima de mim, não. Fiquem tranquilos”.
Bolsonaro disse ainda que “ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição”, dando a entender que a Corte Suprema está agindo contra a Constituição. 
O bolsonarismo vive nas redes momento de  enorme agitação e agressividade. Desde a noite desta sexta-feira (1), a narrativa que povoa as redes de extrema-direita vinculadas a Jair Bolsonaro é a de que está em curso um golpe de Estado sob a liderança do STF para apeá-lo do poder. Leia aqui.
 Veja o vídeo divulgado por Bolsonaro no Facebook:

Participe da campanha de assinaturas solidárias do Brasil 247. Saiba mais.

Moro preparou dossiê com 15 meses de conversas com Bolsonaro para entregar à Polícia Federal


Depois de ajudar a eleger Jair Bolsonaro, Sergio Moro presta depoimento neste sábado contra seu ex-chefe
(Foto: Reuters)

Da revista Fórum – O ex-ministro da Justiça preparou um dossiê com o histórico de 15 meses de conversas no Whatsapp para provar as denúncias de interferência de Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal. O documento será entregue na manhã deste sábado (2) no depoimento que o ex-juiz da Lava Jato fará à própria PF.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, na revista Época, Moro teria gravado em seu whatsapp áudios, conversas, links e imagens trocadas com Bolsonaro e organizou o acervo de forma voluntária para ser entregue durante seu depoimento, que acontece na sede da PF em Curitiba.
Augusto Aras, que se irritou com entrevista de Moro à Veja e assumiu a defesa de Bolsonaro, escalou três procuradores para acompanhar a oitiva: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
Fonte: Brasil 247


Barroso admite pela primeira vez que eleições de 2020 estão ameaçadas


"Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, disse ele
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF.
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF 11/02/2020)

Sputnik – O ministro do STF Luís Roberto Barroso disse nesta sexta-feira (1º) que a realização das eleições municipais no Brasil neste ano corre "risco real" devido à pandemia do coronavírus. 
No final de maio, o juiz irá substituir Rosa Weber na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em evento virtual ao vivo transmitido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) afirmou que, por sua "vontade", "nada seria modificado", mas que o pleito pode ser adiado. 
"Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, disse Barroso, segundo publicado pelo portal G1. 
O primeiro turno das eleições, que elegerá prefeitos e vereadores, está marcado para 4 de outubro, enquanto o segundo turno, quando houver, está previsto para 25 de outubro. Para que a data da votação mude é preciso aprovação do Congresso. 
'Máximo até dezembro'
Segundo Barroso, caso tenha que ser adiado, o pleito teria que ocorrer "em poucas semanas, no máximo até de dezembro, para não haver risco de se ter que prorrogar mandatos". 
O futuro presidente do TSE disse que é contra a ideia de realizar a eleição municipal somente em 2022, junto com o pleito nacional. A hipótese prorrogaria por dois anos os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. 
"Sou totalmente contra essa possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no poder", afirmou. Além disso, argumentou que "o excesso de nomes para votação também comprometeria a qualidade do voto, para se fazer uma escolha consciente".


Moro começa a delatar Bolsonaro neste sábado


"Moro preferiu depor antes que assumisse o novo chefe da PF para não correr o risco de os integrantes da investigação serem nomeados pelo indicado de Bolsonaro que, mesmo se não for Alexandre Ramagem, o sonho do ainda presidente, deverá ser outro delegado com perfil bolsonarista", escreve o jornalista Alex Solnik

Há quatro dias, a 27 de abril, o ministro Celso de Mello, do STF, ao autorizar, a pedido da PGR, o início das investigações acerca das acusações do ministro da Justiça Sergio Moro ao presidente da República estipulou o prazo de 60 dias para o iníci0 dos trabalhos, com o interrogatório de Moro; ontem, 30 de abril, a pedido de um grupo de deputados encurtou o prazo para cinco dias; hoje no final da tarde Moro anunciou que vai depor amanhã mesmo, em pleno sábado.
Essa pressa, incomum em se tratando de STF, parece ter dois motivos.
Celso de Mello quer correr para concluir o processo ir a voto antes de se aposentar, em novembro próximo, quando então será substituído por alguém “terrivelmente bolsonarista” que jamais votará contra Bolsonaro.
Moro preferiu depor antes que assumisse o novo chefe da PF para não correr o risco de os integrantes da investigação serem nomeados pelo indicado de Bolsonaro que, mesmo se não for Alexandre Ramagem, o sonho do ainda presidente, deverá ser outro delegado com perfil bolsonarista.
A pressa também indica que Moro já deve estar separando provas de tentativas de interferência de Bolsonaro na PF há algum tempo, o dossiê está organizado e não devem ser poucas, dando o hábito do “chefe supremo” de se comunicar por whatsapp e escrever o que lhe vem na telha, o mais das vezes com o fígado.
Se não tivesse um arsenal de provas robusto, Moro não partiria para essa guerra surda e inesperada.
Ele passa, dessa maneira, de maior usuário do instituto da delação premiada, sem o qual não existiria a Lava Jato a delator - que pode ser tanto premiado quanto punido, a depender do rumo das investigações.
Uma guerra judicial entre Moro e Lula ou entre Bolsonaro e Lula poderia ocorrer, seria previsível, mas quem apostaria suas fichas, no ano passado, na previsão de que o grande duelo de 2020 seria entre Moro e Bolsonaro?
Nem Nostradamus se atreveria a fazer uma previsão tão inverossímil.
A pressa de Moro deverá acelerar a nomeação do substituto de Maurício Valeixo porque Bolsonaro não vai querer que a investigação corra solta por muito tempo.
Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia via Brasil 247


Após chamar promotora de 'desequilibrada', deputado paranaense é obrigado a apagar post

Filipe Barros (PSL): deputado foi denunciado por descumprir medidas sanitárias preventivas ao coronavírus quando liderou, em 15 de março, manifestações a favor do governo em Londrina.
Filipe Barros (PSL): deputado foi denunciado por descumprir medidas sanitárias preventivas ao coronavírus quando liderou, em 15 de março, manifestações a favor do governo em Londrina. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)


A Justiça mandou o deputado federal paranaense Filipe Barros (PSL) excluir de seus perfis nas redes sociais publicações consideradas ofensivas contra a promotora Susana Lacerda, da 4ª Promotoria de Justiça de Londrina. Ela havia encaminhado notícia-crime aberta contra o parlamentar para a Procuradoria-Geral da República, o que o levou a chamá-la de 'desequilibrada'.
A decisão liminar foi proferida pelo juiz Jamil Riechi Filho em ação de indenização por danos morais apresentado contra o parlamentar. Na decisão, o magistrado ressaltou que a 'liberdade de expressão é um direito fundamental ao cidadão', mas que não pode ser utilizada para 'desrespeitar direitos ou garantias individuais dos cidadãos'.
A ação foi movida após Filipe Barros afirmar, pelo Twitter, que Londrina 'sofre por conta dos devaneios autoritários de uma promotora de justiça desequilibrada, a senhora Suzana Lacerda'. O parlamentar atribui à promotora o 'aumento exponencial dos moradores de rua, ideologia de gênero nas escolas e desemprego em massa'.
As declarações foram proferidas após Suzana Lacerda encaminhar notícia-crime envolvendo o deputado à Procuradoria-Geral da República, devido ao fato dele ter foro privilegiado e só poder ser investigado perante o Supremo Tribunal Federal.
Aliado do presidente, Barros foi denunciado por descumprir medidas sanitárias preventivas ao coronavírus quando liderou, em 15 de março, manifestações a favor do governo em Londrina. Na PGR, o caso foi arquivado.
Em nota, a Associação Paranaense do Ministério Público repudiou o parlamentar, afirmando que as declarações causam 'perplexidade' e evidenciam 'pleno desconhecimento das atribuições constitucionais e legais do Ministério Público'.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO FEDERAL FILIPE BARROS
"Nem sequer sabia da existência dessa ação, já que não fui notificado da mesma. Ainda assim, faço questão de destacar que, se a promotora Susana Lacerda afirma sentir-se ofendida por eu ter mencionado seus devaneios autoritários, ela está comprovando tais devaneios autoritários ao entrar na Justiça para que eu apague posts de redes sociais. Ao que parece, ela ignora propositalmente a imunidade parlamentar para expressar opiniões, princípio garantido pela Constituição, e revela absoluta intolerância à liberdade de expressão. Trata-se, mais uma vez, de tentativa de censura".

fonte: Bem Paraná