Coautor do pedido
de impeachment de Dilma Rousseff (PT), o jurista Miguel Reale Jr. avalia que as
afirmações feitas nesta sexta (24) pelo ministro Sergio Moro de que o
presidente Jair Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal e ter acesso a
informações confidenciais é “a consagração” para o impedimento de Bolsonaro.
“Ele demonstrou uma conduta de falta de
decoro ao longo do tempo”, afirma Reale Jr., citando as idas do presidente a
manifestações que pedem a volta do AI-5, sua desobediência às recomendações da
Organização Mundial da Saúde para prevenção da Covid-19 e as ofensas a
jornalistas e “as bananas que ele mostra”.
“Já tem base para
pedido de impeachment há algum tempo. Essa é a penas a consagração”, diz ele,
referindo-se às afirmações de Moro. “É uma afronta ao poder Judiciário, porque
a Policia Federal é uma policia judiciária.”
Para ele, Bolsonaro age “como um bêbado,
que a cada dia vai dando um sinal de bebedeira até o momento em que ele cai no
meio do salão. Hoje ele caiu.”
“Eu diria que se eu fosse o advogado do
Bolsonaro, a única saída é arguir que ele é insano. Inimputável. E pedir exame
de sanidade.”
Fonte:
blog da Cidadania