segunda-feira, 20 de abril de 2020

O ministro do STJ nega recurso de Flávio Bolsonaro e crava: ‘fortes indícios de materialidade e autoria de crimes'


O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou que a quebra de sigilo fiscal e bancário de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi autorizada “em decisões judiciais devidamente fundamentadas”. Ele negou o recurso do senador, filho do presidente.
Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro (Foto: Alessandro Dantas)

247 - O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso do senador Flávio Bolsonaro para arquivar o inquérito que corre contra ele na Justiça. Fischer destacou que a investigação contra  senador se dá “no amparo de fortes indícios de materialidade e autoria de crimes”. 
Felix Fischer ainda relata: “ao contrário do que o recorrente informa, que a investigação tenha acontecido em face de pessoa politicamente exposta, com vazamento de seus dados fiscais e bancários por cerca de 10 anos, fato é que, conforme consignado nos presentes autos, a quebra de sigilo foi autorizada em duas decisões judiciais devidamente fundamentadas (no amparo em fortes indícios de materialidade e autoria de crimes; na suposta formação de grande associação criminosa, com alto grau de permanência e estabilidade na Alerj; e, como se não bastasse, na imprescindibilidade da medida).”
A reportagem do jornal O Globo destaca que “o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro foi feito no início de março deste ano. Os advogados do senador tinham feito um recurso à Corte depois que seus pedidos junto a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio tinham sido negados.”
A matéria ainda informa que “o recurso na Corte representava a 9ª vez que a defesa de Flávio tentou paralisar as investigações, que apuram peculato e lavagem de dinheiro em seu gabinete na Alerj, desde janeiro do ano passado. O senador argumenta que ocorreu quebra de sigilo fiscal e bancário na comunicação feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre suas movimentações atípicas.”


Ministério da Saúde erra dados sobre mortes, mas casos do coronavírus passam dos 40 mil

Ministério da Saúde erra dados sobre mortes, mas casos do coronavírus passam dos 40 mil no Brasil
Alan Santos/PR


Em um de seus primeiros boletins, a equipe de Nelson Teich no Ministério da Saúde errou nesta segunda-feira (20) o número de mortes pelo coronavírus no Brasil. Segundo a pasta “um erro de digitação” colocou 383 mortes ao invés de 113 óbitos.
Com isso, as mortes pela Covid-19 no Brasil chegaram a 2.572 ocorrências. Já os casos confirmados pelo coronavírus cresceram em 1.927 e ultrapassaram a marca de 40 mil registros, com 40.581 pessoas contaminadas.
Vale lembrar que os boletins de segunda e terça-feira podem apresentar instabilidade nos relatórios devido a demora do repasse dos dados estaduais devido ao final de semana.
A taxa de letalidade no Brasil segue acima dos 6% e está cotada em 6,7%, sendo que todos os estados do país registraram ao menos uma morte pelo coronavírus.
Até o momento os estados de São Paulo (1.037), Rio de Janeiro (422), Pernambuco (234), Ceará (198) e Amazonas (185) lideram o ranking dos óbitos por coronavírus no Brasil.

CASOS DA COVID-19 POR ESTADO NO BRASIL

 Ministério da Saúde erra dados sobre mortes, mas casos do coronavírus passam dos 40 mil

Fonte: Paranaportal

Bolsonaro defende fim da quarentena no dia em que o Brasil registra 383 mortes

Número de óbitos registrados nas últimas 24 horas foi recorde diário brasileiro, levando o total de mortes por Covid-19 a 2.845. Nesta mesma segunda-feira 20, Jair Bolsonaro defendeu que o isolamento seja encerrado ainda nesta semana
(Foto: Isac Nóbrega/PR | Guilherme Gandolfi)

247 - O Brasil registrou nas últimas 24 horas 383 mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus, informou nesta segunda-feira 20 o Ministério da Saúde. O número de óbitos pela Covid-19 é o maior registrado até hoje em um dia no País e levou o total a 2.845.
No mesmo dia, horas antes da divulgação dos dados, Jair Bolsonaro defendeu ainda para esta semana o fim da quarentena praticada para tentar reduzir a disseminação do vírus na população, além de novamente participar de aglomerações, como fez no fim de semana.
“Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus. A massa não tem como ficar em casa que a geladeira tá vazia”, disse em frente ao Palácio do Planalto. Ele também voltou a dizer com naturalidade, mas sem evidências ou estudos, que 70% a 80% da população brasileira será infectada pelo coronavírus. 
Neste domingo 19, numa afronta à decisão do STF que deu autonomia a governadores e prefeitos para determinarem suas regras de isolamento, ele afirmou, em uma live no Facebook que “no que depender” dele, vai “começar a flexibilizar”.


Para Alvaro Dias, atitude de Bolsonaro com manifestantes foi grave


Para Alvaro Dias, atitude de Bolsonaro com manifestantes foi grave

O senador paranaense Álvaro Dias, líder do Podemos no Senado Federal, criticou em entrevista jornal O Estado de S. Paulo as manifestações desse domingo (19)  contra o Congresso Nacional e pró-ditadura militar. “Fica difícil aceitar essa transferência de responsabilidade para o Congresso do fracasso do governo federal”, diz.
Ele ainda classificou como grave a presença do presidente da República nessas manifestações. “A atitude de Bolsonaro (com manifestantes) foi grave. É um estímulo à desobediência”. Para ele, o presidente age como se estivesse em um “parque de diversões”.
Como se sabe, no início da tarde de domingo, Bolsonaro discursou em uma manifestação em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. O protesto contava com ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pedidos de intervenção militar.
Fonte: Contraponto

Globo diz que Bolsonaro cruzou a linha ao anunciar que pretende implantar uma nova ditadura no Brasil


Jornal da família Marinho, que apoiou a ditadura de 1964 e o golpe de 2016, agora descobre o monstro que ajudou a criar, mas ainda não aderiu explicitamente ao Fora Bolsonaro
(Foto: PR | Reprodução)

247 – "O presidente Bolsonaro tem feito jus à biografia de um político radical que construiu a carreira na bancada do baixo clero na Câmara sem nunca ter se preocupado em se distanciar do lado mais escuro da ditadura militar. Eleito legitimamente presidente da República, Jair Bolsonaro tem sido coerente com seu passado e, à medida que se sente legalmente tolhido a praticar um enfrentamento sem base científica da epidemia da Covid-19, radicaliza, tendo chegado a um ponto perigoso ontem, ao participar de manifestação em Brasília em que se pregou golpe militar", aponta o jornal O Globo, da família Marinho, em editorial publicado nesta segunda-feira.