domingo, 19 de abril de 2020

PT acusa governo de negligência e cobra medidas judiciais no STF


Gleisi ingressou com ação na Suprema Corte para exigir do governo informações sobre a real dimensão da pandemia no país, questionando a política sanitária adotada por Bolsonaro. Brasil é o país que menos testa dentre as 15 nações mais atingidas pela doença
Hospital de campanha em Manaus com pacientes do Covid-19

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) entrou neste sábado (18), com ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal, pedindo que a corte declare inconstitucionais os atos omissivos e aqueles praticados pelo governo Bolsonaro. O PT quer que o STF determine a adoção de medidas para afastar a negligência das autoridades públicas federais. A legenda exige a divulgação dos dados referentes à pandemia do Covid-19, cobra a suspensão da propaganda de medicamentos ainda não cientificamente testados para o tratamento da doença, bem como proibir o governo de adotar medidas que estimulam o fim do distanciamento e do isolamento social.
O PT pediu ao STF a concessão de medida cautelar para que seja determinado ao governo que informe as medidas adotadas até o momento para disponibilizar testes para estados e municípios. Gleisi diz que é obrigação do governo indicar o número de testes disponibilizados e a projeção daqueles ainda a serem distribuídos. “Até agora não há informações confiáveis nem sobre o número de testes para o Covid-19 realizados até o momento no território nacional, o perfil das pessoas submetidas aos testes – profissão, idade, raça, cor, sexo, renda – e sequer a localização geográfica”, argumenta.
Ela pediu ao STF que determine ao governo a adoção de providências para que seja elevada a testagem no país, abandonando-se a prática de exames apenas nos pacientes graves, e partir para testagem em massa, com critérios claros, objetivos e públicos. “Estamos vivendo claramente uma crise de informações, porque está claro que há subnotificações e o governo ignora a realidade”, diz a parlamentar. “Precisamos saber o número de internações por síndrome respiratória aguda grave – pelo SUS e rede privada – e as projeções dos números de casos de contágio e óbitos não notificados”, argumenta.
O PT ainda solicitou ao STF que obrigue o governo a estabelecer uma base de dados nacional sobre a situação do contágio e morbidades relativas ao Covid-19 em todo o território nacional. Na ação, a legenda cobra que seja dada publicidade aos dados sobre o perfil das pessoas contagiadas – em tratamento, alta, isolamento ou que vieram à óbito – e os casos suspeitos de contágio e óbitos notificados, mas pendentes de resultado de exames. O governo deve informar profissão, idade, raça, cor, sexo, renda, e localização geográfica e demonstrar a metodologia e os critérios técnicos estatísticos adotados para formação da base de dados.

Política atual traz risco à saúde pública

O Supremo vai avaliar ainda outro pedido incluído na ação para que o governo se abstenha de realizar, por meio de seus canais oficiais e manifestações de qualquer espécie das autoridades, a divulgação de informações que possam comprometer o engajamento da população nas medidas de isolamento social e manutenção do funcionamento apenas de serviços essenciais para conter o contágio. “Bolsonaro é o primeiro a promover a ideia do fim do confinamento e estimular aglomerações e a suspensão do isolamento social, contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde”, critica Gleisi Hoffmann.
O partido quer ainda a revogação do Boletim Epidemiológico 7, do Ministério da Saúde, veiculado em 6 de abril, para  que  estados e municípios não sejam induzidos a adotar medidas de flexibilização do distanciamento social sem o devido embasamento científico. Na ação, Gleisi sugere que o STF obrigue o governo a justificar – com informações científicas, como orienta a OMS –, as medidas, políticas e recomendações de flexibilização do isolamento social. “O ministério precisa apontar os dados acerca da projeção do número total de infectados, considerada a subnotificação, e não do número de casos confirmados”, aponta.
Por fim, o partido espera que o Supremo obrigue o governo a editar um comunicado oficial para retificação das indicações e atos públicos de promoção do uso de medicamentos, como a cloroquina, cuja eficácia para tratamento do coronavírus não tenha sido comprovada cientificamente. “As pessoas precisam ter conhecimento sobre o que dizem especialistas e cientistas quanto ao potencial lesivo dos efeitos colaterais e da ausência de eficácia comprovada de tais medicamentos”, justifica.
A íntegra da ação do PT no STF.


Apucarana registra 1ª morte por Covid-19

Imagem Ilustrativa
Foto Ilustrativa


Apucarana registrou a primeira morte por Covid-19 no município. A informação foi confirmada na manhã deste domingo (19), pela 16ª Regional de Saúde (RS).
A vítima é um homem de 51 anos que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Hospital da Providência, e que faleceu nesta madrugada.
O TNOnline também apura a informação de outro apucaranense com Covid-19 que teria falecido por volta das 23h30 de sábado (18). Ele estava internado no Hospital Norte do Paraná (Honpar), em Arapongas, contudo a morte não foi confirmada pelas autoridades de saúde. 
Fonte: TN Online

Janaína Paschoal diz que Bolsonaro é burro e que "não dá para votar nele em 2022"


"Muita gente vê assim, sei lá, algo de muito sábio. Eu não consigo ver. Para mim, é uma grande burrice. Porque ele poderia estar liderando esse momento, até para coordenar a reabertura em alguns locais", diz a deputada que fez o parecer usado no golpe de 2016
(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | José Cruz/Agência Brasil)

247 – A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), autora do parecer comprado por R$ 45 mil para ser usado no golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, agora diz que Jair Bolsonaro é burro e que será impossível votar nele em 2022. “Muita gente diz para mim: ‘Janaina, você tem que entender que ele está fazendo isso para chegar não sei onde’. Muita gente vê assim, sei lá, algo de muito sábio [nas atitudes do presidente]. Eu não consigo ver. Para mim, é uma grande burrice. Porque ele poderia estar liderando esse momento, até para coordenar a reabertura em alguns locais. Reabrir alguns locais não é ruim: a gente pode avaliar a evolução dos números, pode comparar onde está tudo fechado. É uma experiência nova para o mundo todo. Todos nós estamos inseguros sobre quais passos dar”, disse ele, em entrevista ao site Antagonista.
“Agora, quando ele adota uma postura de birra – porque, para mim, ele faz birra –, ele perde todo esse potencial de liderança. É nesse sentido que eu não consigo ver estratégia. Eu não consigo ver inteligência. E a falta de estratégia e inteligência é tal que não dá para votar nele em 2022. Porque ninguém aguenta mais esse inferno. Cada hora é uma confusão que ele cria, que os filhos criam, que aquele núcleo cria. O país, para evoluir, precisa de um pouco de tranquilidade”, concluiu a deputada, que também falou na possibilidade de as forças armadas se levantarem contra ele.
“Leia lá: qualquer dos poderes pode acionar as Forças Armadas, não só o Executivo. O que eu quis dizer foi que, na medida em que ele está criando o caos, podem acioná-las contra ele. Os bolsonaristas só leem a primeira metade do dispositivo”, complementou Janaina, após a entrevista.


Faixa etária dos 31 aos 40 anos é a mais atingida pelo novo coronavírus no Paraná

(Foto: Arquivo/ABr)


A faixa etária de 31 a 40 anos é a mais atingida pelo novo coronavírus no Paraná, segundo gráfico apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Esse grupo representa 22,5% dos infectados no Estado. Isso não quer dizer que seja o grupo mais vulnerável para ocorrências graves. Até o sábado (18) o Paraná tinha 945 casos confirmados de Covid-19.
O segundo grupo que mais aparece nas estatísticas é o de 51 a 60 anos, que representam 17,9% dos casos, seguido de perto da faixa etária dos 41 aos 50 anos (17,8%). Dos 21 a 30 anos são 15,8% do total, e de 61 a 70, 12,5% de todos os casos. 
Dos 71 a 80 anos são 6,4% dos casos, e acima dos 80 anos 4%. Os demais grupos somam pouco mais de 3%.
No sábado a Sesa divulgou boletim atualizado dos casos. O total  no Paraná chegou a 945 residentes com a doença. No sábado mais cinco pacientes confirmados com Covid-19 foram a óbito, somam-se 47 no total. Entre os pacientes que morreram, três foram homens e duas mulheres, todos estavam internados, com idade entre 50 e 76 anos. Os municípios de residência são: Bandeirantes, Cascavel, Curitiba, Londrina e Paranavaí.
Fonte: Bem Paraná