sábado, 18 de abril de 2020

Corte de relações entre Maia e Paulo Guedes aprofunda crise política em meio à pandemia do coronavírus


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixaram de se falar em meio à pandemia do coronavírus, acrescentando fatores de crise política no país
Paulo Guedes e Rodrigo Maia
Paulo Guedes e Rodrigo Maia (Foto: Luiz Macedo/Ag. Brasil)

247 - Os desentendimentos entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já vinham se manifestando há semanas. Mas eles ainda mantinham canais de conversa abertos. Adora, não se falam mais nem sequer pelo telefone.  
Embora concordando com a essência da Reforma da Previdência, Maia e Guedes começaram a brigar quando o presidente da Câmara tomou para si o protagonismo da aprovação.  
No episódio da votação do Orçamento impositivo, ambos voltaram a se estranhar. Agora, em plena crise do coronavírus as relações foram cortadas com a tramitação das medidas de socorro aos estados. 
Segundo o Painel da Folha de S.Paulo, o projeto de ajuda aos estados foi a gota d'água no corte de relações, pois Jair Bolsonaro, subsidiado por Guedes, viu-se alijado da política, vendo Maia oferecer benesses em nome da União aos estados.
Aliados de Maia dizem que Paulo Guedes está ressentido com o roubo da cena em temas econômicos por parte do presidente da Câmara, com o agravante de que o governo Bolsonaro não quer gastar um centavo para ajudar o governador de São Paulo, João Doria, na luta contra o coronavírus. No momento, Doria é considerado o principal adversário de Bolsonaro na eleição presidencial de 2002. 
A temperatura se elevou tanto na briga entre Guedes e Maia, que o ministro acusa o presidente da Câmara de tentar um assalto aos cofres da União. Guedes cogita proibir sua equipe de enviar informações a Maia.


CPI das Fake News identifica bolsonaristas em rede de ataques a políticos e instituições


Além de ataques a políticos de partidos de oposição, como o PSOL, as páginas fazem ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF)
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News (Foto: Edilson Rodriques/Agência Senado)

247 - A CPI das Fake News identificou os responsáveis de dois perfis suspeitos de fazerem parte de uma rede de ataques virtuais contra políticos na internet. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, os perfis “PresidenteBolsonaroBR – Mito do Brasil” e “Conservador Liberal”, com mais de 100 mil seguidores cada, pertencem a Mariana Aparecida Rosa de Campos, de 39 anos, moradora de Osasco (SP), e a Webert Florêncio, de 25 anos, morador de Ipatinga (MG), um militante de direita, evangélico e estudante de Medicina.
De acordo com a reportagem, Florêncio é apoiador de Jair Bolsonaro desde 2016 e já integrou grupos ligados à extrema direita, como o “Direita Minas. Em 2014, ele fez campanha pela eleição de Aécio Neves (PSDB). Ele não é filiado a partidos políticos, segundo dados da Justiça Eleitoral. 
Além do Instagram, Florêncio também seria responsável por administrar ao menos três páginas no Facebook que alcançam cerca de 208 mil pessoas. Além de ataques a políticos de partidos de oposição, como o PSOL, as páginas fazem ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF). 
Já a conta “Mito do Brasil”, com mais de 165 mil seguidores, está ligada a um telefone e e-mail em nome de Mariana Aparecida Rosa de Campos, de 39 anos, moradora de Osasco (SP), busca retratar o cotidiano de Bolsonaro e sua família. Segundo o TSE, ela não está filiada a partidos políticos. 

Ataques de Bolsonaro a Maia abrem janela para o impeachment


Avaliação é do cientista político Guilherme Carvalhido. No entanto, ele afirma que um processo de afastamento dependerá de maior apoio nas ruas
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro (Foto: Câmara dos Deputados | PR)

Sputnik – As brigas do presidente com Congresso podem levar a "fortalecimento" da ideia de impeachment de Jair Bolsonaro, mas processo depende muito das "ruas", disse à Sputnik Brasil cientista político Guilherme Carvalhido.
Segundo ele, as desavenças e críticas mútuas entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ocorrem "desde o início de seu governo", mas após a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde se tornaram ainda mais "evidentes". 

Lula alerta: povo só ficará no isolamento se receber dinheiro do governo


“Não haverá solução se o Brasil não colocar dinheiro novo para alargar a base monetária, para cuidar das pessoas que precisam ficar em casa, para fazer novos investimentos”, disse ele
(Foto: Ricardo Stuckert)

Do Brasil de Fato – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha defenderam, nesta sexta-feira (17), que é fundamental que o governo coloque mais dinheiro para girar entre a população a fim de enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Eles participaram do programa "Café com MST", transmitido nas redes sociais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"A única possibilidade de uma parcela da sociedade ficar no isolamento é receber dinheiro. Não é secundário e é responsabilidade do Estado", disse Lula. “Não haverá solução se o Brasil não colocar dinheiro novo para alargar a base monetária, para cuidar das pessoas que precisam ficar em casa, para fazer novos investimentos”, defendeu.
O ex-presidente criticou a fala de Jair Bolsonaro da quinta-feira (17), justificando a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde pela “questão do emprego”.
“Se ele tivesse preocupado com o emprego, ele não tinha mandado tantas medidas provisórias prejudicando o trabalhador como ele mandou. Ele fala do emprego como se tivessem milhões de empregos oferecidos, quando o Brasil já tem praticamente 50% da sua força de trabalho, hoje, na informalidade e que tem poucas oportunidades de emprego”.
Lula ressaltou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à pandemia. “Se não fosse o SUS, se dependesse da iniciativa privada, o Brasil estaria morrendo. Porque o SUS é a garantia que nós temos de que as pessoas vão ser tratadas com respeito”.


Responsável, Alberto Fernández tem aprovação mais de duas vezes superior à de Bolsonaro


O presidente da Argentina alcança amplo apoio da população, que aprova a maneira como se conduz na crise do coronavírus: 88% dos argentinos consideram positivo o seu desempenho. Percentual semelhante (81%) é obtido pela decisão do estadista de prorrogar a quarentena. A avaliação geral de Alberto Fernández é alta, com 79% de ótimo e bom. Um contraste com Jair Bolsonaro, cuja taxa de aprovação é de 36%
Alberto Fernández e Jair Bolsonaro
Alberto Fernández e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - Quase um mês após o início da quarentena, as medidas do governo Alberto Fernández para enfrentar a pandemia do coronavírus continuam obtendo amplo apoio da população. Segundo pesquisa do Opina Argentina, 88% dos argentinos consideram que o governo de Alberto Fernandes está enfrentando corretamente o coronavírus. 
O isolamento isolamento social preventivo e obrigatório anunciado recentemente por Fernández é apoiado por 81%. 
Nesse sentido, 72% dos entrevistados se manifestaram também a favor dos governantes nos níveis federal e provincial, que priorizam o enfrentamento da pandemia sobre a economia.  
A avaliação geral do presidente Alberto Fernández é alta, com 79% de ótimo e bom. 
O governo nacional fez anúncios para estimular a economia e as opiniões sobre o assunto são favoráveis, embora em valores inferiores aos apoios refletidos nas medidas sanitárias. 46% afirmam que estão corretos. 
Alberto Fernández está muito melhor situado perante sua população do que Bolsonaro no Brasil. A parcela dos que reprovam o desempenho de Bolsonaro em relação à epidemia é de 39%, segundo pesquisa Datafolha do início de abril. A taxa de aprovação de Bolsonaro é de 33%. 
Até agora, a Argentina tem 2.758 casos de coronavírus, com 129 mortes. O Brasil registra 33.682 casos confirmados de coronavírus e 2.141 mortes.
Confira a pesquisa completa



Cooperativas do MST doam 1.500 litros de leite para Hospital das Clínicas de Curitiba


Doações realizadas nesta sexta-feira em todo o estado somam 43 toneladas de alimentos
Em Curitiba, cooperativas da reforma agrária doaram 1.500 litros de leite integral ao Hospital de Clínicas da UFPR - Joka Madruga

Nesta sexta-feira (17), famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam a doação de mais de 43 toneladas (43 mil quilos) de alimentos em hospitais, asilos e comunidades carentes de todas as regiões do estado. A ação integra uma campanha nacional do Movimento em solidariedade a quem já sofre com a falta de alimento por consequência da pandemia do novo coronavírus.
Em Curitiba, cooperativas da reforma agrária doaram 1.500 litros de leite integral ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A entrega ocorreu às 10h. O alimento é da marca Terra Viva, beneficiado pela Cooperativa Central de Reforma Agrária de Santa Catarina - CCA/SC, composta por 13 cooperativas e associações filiadas.
Nas regiões Norte e Centro-oeste do estado, dez assentamentos e acampamentos se uniram para doar 5.680 litros de leite integral: 416 litros distribuídos para o Hospital Universitário (HU) de Londrina; 400 litros no Hospital do Câncer de Londrina; 500 litros distribuídos em bairros de Arapongas; 200 litros no Hospital Regional de Ivaiporã; os 4.164 litros restantes serão entregues ao HU e ao Hospital do Câncer de Londrina ao longo das próximas semanas, de forma programada, para atender a demanda e a capacidade de armazenamento das instituições de saúde.
Foto: Joka Madruga

Nesta data, a mobilização também marca o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, criado em memória aos 19 trabalhadores Sem Terra assassinados no massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. “Em função desse momento atual de crise de saúde pública, a melhor forma de nós mantermos a lealdade e a memória a esse lutadores e camponeses que deram a vida em prol de uma causa de repartir a terra é repartir o que temos de melhor que é fruto do nosso trabalho, que é o nosso alimento”, diz Roberto Baggio, da coordenação nacional do MST.
Ainda na capital, cerca de três toneladas de alimentos foram distribuídas a famílias do Jardim Pantanal, do Boqueirão, da ocupação Portelinha, do Santa Quitéria. Integrantes e apoiadores do MST também produziram e estão distribuindo cerca de 500 marmitas à população em situação de rua da capital.
Entre os dias 7 e 13 de abril, as comunidades do MST do Paraná já haviam doado cerca de 35 toneladas de alimentos em todo o estado.
Fonte: Brasil de Fato

Apucarana inicia substituição de mais de 4 mil luminárias


Investimento de R$2,6 milhões em iluminação pública atende a diversos bairros e faz parte do processo de modernização do sistema iniciado em 2013 pela gestão Beto Preto
(Foto: PMA)

Oito bairros da região leste de Apucarana serão os primeiros atendidos pelo novo pacote de investimentos em iluminação pública liberados pelo prefeito Júnior da Femac. A frente de trabalho, que inicia nesta segunda-feira (20/04) e prevê nos próximos meses a troca de 4.133 luminárias antigas por outras mais modernas e eficientes, terá início pelo Jardim Colonial, seguindo para os jardins Aviação e Santos Dumont, residenciais Sumatra 1, 2 e 3, Residencial Jaçanã e Jardim Santiago.
O prefeito Junior da Femac faz questão de frisar que a prioridade máxima no município, neste momento, é o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. “Neste caso, trata-se de um recurso ´carimbado´, considerando que ele é arrecadado pela prefeitura por meio da Contribuição de custeio da Iluminação Pública (Cosip) e só pode ser utilizado para este fim”, explica o prefeito, acrescentando ainda que este investimento de modernização da iluminação tinha um processo de licitação em andamento desde novembro de 2019.
Nesta primeira fase, que deverá absorver 30 dias de serviços, serão substituídas 750 luminárias antigas vapor de mercúrio de 80 watts e vapor de sódio de 70 watts por novas de vapor metálico de 100 e 150 watts, garantindo uma iluminação pública mais moderna e eficiente.
“Em Apucarana iluminação pública é levada muito a sério, pois é fundamental para que inúmeras atividades realizadas no período noturno aconteçam com maior segurança, como o funcionamento de escolas, faculdades, lanchonetes, bares, restaurantes, igrejas, indústrias e comércios em geral”, frisa o prefeito Júnior da Femac.
Ele relata que Apucarana possui um parque com 18 mil lâmpadas e, gradativamente, a administração municipal vem investindo em melhorias. “Em 2016, o ex-prefeito Beto Preto promoveu investimento de R$4,6 milhões na substituição de 5 mil destas luminárias e agora, com este novo pacote, promovemos a modernização de mais da metade do nosso parque”, destaca Júnior.
Segundo explica o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), engenheiro eletricista Lafayete dos Santos Luz, os serviços deste novo pacote de investimentos serão realizados por uma empresa especializada contratada pelo município via licitação. “Os equipamentos adquiridos são os mais modernos disponíveis no mercado, possuindo como diferencial um sistema de proteção antivandalismo (pedradas). São materiais de padrão internacional, muito utilizados em cidades da Europa, como por exemplo, Genebra, na Suíça”, relata Luz. De acordo com ele, o início dos trabalhos pela região leste é simbólico. “Revela mais uma vez uma das principais bandeiras da gestão Beto Preto e Júnior da Femac, que é atender a cidade dos bairros para o centro”, pontua o diretor-presidente do Idepplan,
Vias de maior fluxo terão luminárias com tecnologia LED
Das 4.133 luminárias que serão trocadas, 3 mil lâmpadas serão de vapor metálico, sendo 2,2 mil de 100 watts e 800 unidades de 150 watts. As demais 1.133 luminárias serão de LED e vão atender as avenidas Minas Gerais, Governador Roberto da Silveira, Irati, Corifeu de Azevedo Marques, Munhoz da Rocha, Clotário Portugal, ruas Ponta Grossa, Padre Severino Cerutti, Osvaldo Cruz, Osório Ribas de Paula, Deolindo Massambani, Koiei Tatesuji, Ouro Branco, Nagib Daher, Cristiano Kussmaul, Pinho Araucária, Nova Uckânia, bem como as praças Rui Barbosa e Interventor Manoel Ribas (Redondo). Serão 762 unidades de 190 watts e 371 unidades de 250 watts. “O LED oferece uma luz branca, com cores mais definidas. Outra vantagem é que ela possui cinco anos de garantia e 10 de durabilidade. Ainda é um pouco mais cara que as de vapor metálico, mas também gasta menos energia, por isso optamos em instalá-las neste momento em avenidas e ruas de grande fluxo, atendendo aos comércios, transporte coletivo e às forças de segurança”, esclareceu o prefeito Júnior da Femac.
A vencedora da licitação foi a empresa M.S. Iluminação e Eletricidade Ltda, de Apucarana, que tem 270 dias para executar os serviços. O investimento na troca das 4.133 luminárias é na ordem de R$2,6 milhões, com recursos oriundos da Contribuição para custeio da iluminação pública (Cosip), paga pelo contribuinte na conta de energia elétrica.