sábado, 11 de abril de 2020

Comércio reabre nesta segunda em Apucarana


Acordo firmado entre a prefeitura com a Acia e o Sivana prevê o funcionamento no horário compreendido entre às 10 e 16 horas 
(Foto: PMA)

Ao assinar na tarde deste sábado o novo decreto que permite a reabertura do comércio em Apucarana, o prefeito Junior da Femac, disse que está seguindo o boletim epidemiológico Nº 07 do Governo Federal. O novo decreto municipal, que está sendo publicado neste domingo no órgão oficial do Município (jornal Tribuna do Norte) e, ao mesmo tempo no site www.apucarana.pr.gov.br prevê uma série de critérios a serem observados.
A partir de agora passa a ser necessário o uso de máscaras para todas as pessoas que não estiverem em seus domicílios. Ao mesmo tempo, o acessório passa a ser obrigatório após embarque em veículos do transporte coletivo urbano e em táxis. Os públicos prioritários continuam sendo as pessoas com 60 anos ou mais, os portadores de doenças crônicas, gestantes ou lactantes que precisam continuar em casa.
“Quanto ao comércio, conforme acordo firmado com a Acia e o Sivana, serão empreendidos todos os esforços possíveis para a manutenção dos empregos”, destaca o prefeito Junior da Femac. Ele acrescenta que está inserido no acordo, a manutenção dos funcionários do grupo de risco em casa (tele-trabalho), e de mães com filhos nas escolas e CMEIs que, comprovadamente, não têm com quem deixar as crianças.
Ele explica que o segmento não essencial do comércio poderá reabrir suas portas a partir desta segunda-feira, dia 13 de abril, no horário compreendido entre as 10 e 16 horas. Já aos sábados o horário estabelecido será das 9 às 13 horas. “Isso se faz necessário para evitar o acúmulo de trabalhadores nos veículos do transporte coletivo urbano”, justifica Junior. Ele assinala que os segmentos do comércio enquadrados como essenciais seguem atendendo em seu horário normal de funcionamento.
Ao anunciar a reabertura do comércio, o prefeito alertou que a medida poderá ser suspensa a qualquer momento, dependendo do número de casos de coronavírus e de óbitos em Apucarana. “Também poderá ser revista a decisão por orientação do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, ou do Governo do Estado, via Secretaria de Estado da Saúde”, pondera Junior da Femac.
Outra condição que pode determinar novamente o fechamento do comércio – de acordo com o decreto – seria a extrapolação da capacidade de leitos de UTI e de tratamento clínico, acima do patamar de 50% da estrutura instalada no Município. E ainda a não observância das regras da saúde pública descritas no referido decreto. “A não observância da manutenção dos empregos também pode implicar na suspensão da medida”, diz o prefeito.
Com relação especificamente aos cafés, restaurantes, pizzarias e pastelarias o decreto permite o funcionamento, mas impõe condições. O fechamento está fixado até às 22 horas, com 30% de ocupação da capacidade física, respeitando um distanciamento de 1,5 metros, ficando proibidas mesas e cadeiras nas calçadas. Bares e tabacarias seguem fechados.


Bolsonaro volta a pressionar pelo fim da quarentena, em nome da economia


Jair Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social para agradar o setor econômico, mesmo após o país atingir 1 mil mortes por coronavírus. Ele compartilhou um vídeo em suas redes, de duas semanas atrás, em que pede "volta à normalidade”
Jair Bolsonaro
(Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social, mesmo após o país atingir 1 mil mortes por coronavírus e o sistema de saúde público já beirar o colapso em alguns Estados. 
Ele compartilhou um vídeo em suas redes neste sábado (11), de duas semanas atrás, em que pede "volta à normalidade”. 

Grupo de parlamentares do PT abre dissidência e divulga manifesto pelo "Fora Bolsonaro"


"Diante de tantos crimes e violências, é legitimo o direito de colocar abaixo um governo que pode levar à morte, por doença ou miséria, milhões de brasileiros e brasileiras", diz o deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos signatários do documento
Rogério Correia (PT-MG) / Jair Bolsonaro (sem partido)
Rogério Correia (PT-MG) / Jair Bolsonaro (sem partido) (Foto: ABr)

247 – Com a atual má-gestão de Jair Bolsonaro frente à epidemia de coronavírus no país, um grupo de parlamentares e dirigentes do Partido dos Trabalhadores divulgou um manifesto, cuja palavra de ordem é “Fora Bolsonaro!” – o que contraria a direção nacional do partido.

Paraná registra mais 35 novos casos de coronavírus e mais uma morte; já são 27 óbitos


A Secretaria de Estado da Saúde confirmou neste sábado (11) mais 35 casos de coronavírus e uma morte pela covid-19. Agora o Paraná tem 688 e 27 óbitos.
(Foto: Agência Brasil)

O falecimento foi de um homem de 77 anos, residente em Cascavel, que estava internado desde o dia 3 de abril e que teve a confirmação para Covid-19 no dia 04 de abril. Ele possuía comorbidades e veio a óbito nesta sexta-feira (10).
Os 35 novos casos foram registrados em Curitiba (28), Pinhais (1), Cascavel (1), Goioerê (1), Peabiru (1), Londrina (1), Santa Fé (1) e Arapongas (1).
Após investigações realizadas pelo município de Campo Largo, dois casos confirmados por laboratório privado foram descartados e excluídos dos dados da cidade.
DADOS
Dos 688 casos confirmados, 12 pacientes não residem no Estado. E dos 27 óbitos, um não residia no Estado. O Paraná soma atualmente 5.908 casos descartados e 568 em investigação.
Há 126 pacientes internados, 72 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 54 em leitos clínicos. O número de pacientes já liberados do tratamento será atualizado no início da próxima semana.
Fonte: Bem Paraná

The Economist: “imprudência de Bolsonaro com coronavírus voltará para assombrá-lo”


Revista britânica avalia que discurso do presidente sobre coronavírus faz com que ele fique cada vez mais isolado e enfraquecido no governo
(Foto: Reprodução)

Revista Fórum - A revista britânica neoliberal The Economist voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (11). A publicação mais uma vez criticou a “imprudência” do presidente brasileiro com relação ao coronavírus e disse que, como consequência, o ex-capitão será cada vez mais isolado e enfraquecido
“O enfraquecimento de Jair Bolsonaro dos esforços de seu próprio governo para conter o vírus pode marcar o início do fim de sua presidência”, diz trecho da reportagem.
Leia mais na Fórum.



Lula, Dilma, Fernandéz e 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar"


Lula participou pela primeira vez de reunião (virtual) do Grupo de Puebla. Ele, Dilma, o presidente argentino Alberto Fernandéz ex-presidentes como Rafael Correa, (Equador), Fernando Lugo (Paraguai), Evo Morales (Bolívia) indicam: prioridade na crise do coronavírus é salvar vidas
Lula, Dilma, Fernandéz e mais 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar"
Lula, Dilma, Fernandéz e mais 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar" (Foto: Divulgação)

247 com Fórum - O ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff participaram de uma reunião virtual do Grupo de Puebla nesta sexta-feira (10) que contou com a presença de cerca de 40 lideranças políticas e sociais da América Latina, incluindo o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros 8 ex-presidentes.
O presidente argentino resumiu, nas ações de seu governo, o espírito da reunião: "Entre a economia e a saúde das pessoas, escolhi a saúde".
Participaram do encontro 40 líderes políticos da América Latina e mais o ex-presidente espanhol José Luis Zapatero. No total, contando Lula e Dilma, estavam 10 ex-presidentes: Evo Morales, da Bolívia, Rafael Correa, do Equador, Fernando Lugo, do Paraguai, Ernesto Samper, da Colômbia, Martin Torrijos, do Panamá, Leonel Fernández, da República Dominicana, Luis Guillhermo Solis, da Costa Rica -e José Luis Zapatero, da Espanha.
Lula, que encerrou a conversa e emocionou os presentes, disse que os governantes devem “tomar decisões valentes” em um momento como esse, de pandemia do novo coronavírus.
‌‌‌“Nós que fomos governantes temos que ter clareza da universalidade das políticas públicas que o estado tem que oferecer ao seu povo”, declarou. “Somente o Estado pode garantir os direitos sociais de todo e qualquer cidadão”, completou.
Foi a primeira participação do ex-presidente em um fórum do Grupo de Puebla. ‌
Fernández, que foi o único presidente em exercício a participar da conversa, disse que “ninguém se salva sozinho” e afirmou que a saúde deve estar em primeiro lugar nesse momento. “Entre a economia e a saúde das pessoas, escolhi a saúde. Uma economia que cai 11% pode subir novamente. Um homem ou uma mulher que morre, não”, afirmou. A declaração confronta diretamente o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
‌Na conversa, os líderes regionais pregaram também o perdão da dívida dos países da América Latina com organismos de crédito internacional diante da necessidade do investimento público para superar a pandemia do novo coronavírus.
‌‌“É importante que as organizações internacionais perdoem dívidas. A vida não pode ser uma mercadoria, a saúde não pode ser um negócio. A economia é importante, mas a primeira vida deve ser salva”, disse o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales. Morales foi deposto por um golpe de Estado no final de 2019.


"Bolsonaro despreza a vida humana e não serve para ser presidente", aponta Miriam Leitão


Jornalista da Globo, que liderou a campanha pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje lamenta o resultado da ascensão do fascismo no Brasil
(Foto: Reprodução | PR)

247 – A jornalista Miriam Leitão, que exerceu papel de liderança no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, com a tese de que ela deveria cair por "pedaladas fiscais", hoje lamenta o resultado deste processo, que foi a ascensão de Jair Bolsonaro, personagem que, segundo ela, despreza a vida e não serve para ser presidente.
"Quando o Brasil atravessou ontem a fronteira dos mil mortos por Covid-19 o presidente Jair Bolsonaro saiu para passear novamente. Foi a uma padaria, a uma farmácia, passou pelo Hospital das Forças Armadas onde, disse aos jornalistas, foi fazer teste de gravidez. Ele é coerente. Tem tratado a pandemia com a displicência de sempre. Seus atos e palavras nos últimos trinta dias mostram a constância da mensagem contra o isolamento social e as recomendações das autoridades de saúde", disse Miriam em sua coluna.
"Bolsonaro mostrou nesse um mês — do dia 10 de março ao dia 10 de abril — várias vezes, desprezo pela vida humana", diz ainda a jornalista. "Nesse mês em que o Brasil entrou em espiral de infectados e mortos e se assusta com a dimensão ainda desconhecida da pandemia, tudo o que o presidente da República fez foi brigar com governadores, minar seu ministro, ficar de picuinhas, receitar remédio duvidoso. Na crise, Bolsonaro provou que não sabe exercer o cargo de presidente da República", conclui.


“O bolsonarismo vive seu pior momento nas redes sociais ”, diz pesquisador da FGV


Vinícius Wu disse à TV 247 que o núcleo apoiador de Jair Bolsonaro nas redes está isolado em meio ao debate sobre o coronavírus. “A preocupação da sociedade brasileira com a pandemia tem sido um elemento bastante importante no sentido do isolamento desse campo”, explicou. Assista
Vinícius Wu e Jair Bolsonaro
Vinícius Wu e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)

247 - O pesquisador da Sala de Democracia Digital da FGV Vinícius Wu conversou com a TV 247 sobre o isolamento de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais em torno do debate sobre o novo coronavírus. Segundo Wu, há um novo bloco dominante surgindo nas redes em favor do isolamento social e das orientações da OMS, deixando de lado os bolsonaristas.
O campo ligado ao Bolsonaro nas redes digitais é responsável por 10% das interações nos debates sobre o coronavírus, em média. Em outros momentos, este grupo já chegou a representar 20%, 30% ou mais, de acordo com o pesquisador. “Em média, nos debates sobre a pandemia, o núcleo duro do bolsonarismo tem ficado com 10% ou 8% das interações nas mídias digitais, no melhor momento que eles tiveram, alcançaram em torno de 14% das interações. Todo o resto se tornou um grande bloco, felizmente, em favor da ciência, em favor da racionalidade do debate público. A preocupação da sociedade brasileira com a pandemia tem sido um elemento bastante importante no sentido do isolamento desse campo negacionista no debate público”.
A ala ligada aos ideais de Jair Bolsonaro nunca esteve isolada desta forma nas redes digitais, disse Wu. “Esse campo mais alinhado à posição do presidente da República, essa posição mais negacionista, nunca esteve tão isolado nos debates públicos nas mídias digitais. O bolsonarismo vive seu pior momento nas mídias digitais desde as eleições de 2018”.