quinta-feira, 2 de abril de 2020

Renan: caminho mais curto para afastar Bolsonaro é o TSE


O senador Renan Calheiros (MDB-AL) justificou a sua posição dizendo que o TSE tem o poder de cassar a chapa presidencial

247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou numa conversa recente que o caminho mais curto para tirar Jair Bolsonaro do Palácio Alvorada é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem poderes para cassar a chapa presidencial, e não o Congresso, onde tramitam os processos de impeachment. A informação foi publicada na coluna de Lauro Jardim.
Os pedidos de impeachment de Bolsonaro aumentaram de maneira significativo nas últimas duas semanas, após o ocupante do Planalto pedir que a população saia do isolamento social e retorne ao trabalho. Também havia convocado as pessoas a participarem dos atos do dia 15, enquanto autoridades de Saúde recomendam que a sociedade evite aglomerações para diminuir a propagação do coronavírus. 

Governo vai autorizar corte de salário e jornada em até 70%


Medida prevê que trabalhador seja compensado pelo Tesouro Nacional com até 100% do que receberia de seguro-desemprego
(Foto: REUTERS/Nacho Doce)

247 - O governo de Jair Bolsonaro confirmou nesta  quarta-feira (1º) a edição de uma MP (Medida Provisória) que autoriza corte de salários e jornadas de trabalho durante a crise provocada pelo novo coronavírus. 
O governo Bolsonaro propõe a redução dos salários dos trabalhadores como medida para "combater o desemprego" durante a crise do coronavírus, por um prazo de 90 dias.  
Antes da meia-noite da quarta-feira (1/4), o governo publicou a MP com as regras em uma edição extra do Diário Oficial. ​
De acordo com reportagem dos jornalistas Bernardo Caram, Thiago Resende e Fábio Pupo na Folha de S.Paulo, trabalhadores afetados receberão uma compensação do governo que pode chegar a 100% do que receberiam de seguro-desemprego em caso de demissão. 
A redução poderá ser de 25%, 50% ou de 70% e vigorar por 90 dias, anunciou o secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Bruno Bianco. A medida também permitirá a suspensão total do contrato de trabalho por dois meses com o pagamento integral pelo governo do seguro-desemprego, informa o G1.
A redução poderá ser de 25%, 50% ou de 70% e vigorar por 90 dias, anunciou o secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Bruno Bianco. A medida também permitirá a suspensão total do contrato de trabalho por dois meses com o pagamento integral pelo governo do seguro-desemprego, informa o G1,
Além disso, a empresa que fature mais de R$ 4,8 milhões anuais terá de pagar ao menos 30% do salário.
A suspensão dos contratos ou redução de salário e jornada deve alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O Ministério da Economia acredita que a iniciativa vai evitar pelo menos 8,5 milhões de demissões.


Doria aproxima-se de Lula numa virada histórica, depois de elogio do ex-presidente


Para combater o inimigo em comum, o coronavírus, o ex-presidente Lula e o governador de São Paulo, João Doria, fizeram um movimento histórico de aproximação. Lula destacou o empenho de Doria no combate à pandemia, enquanto Doria respondeu: “Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos”
João Doria e Lula
João Doria e Lula (Foto: Gov. SP | Ricardo Stuckert)

247 - Para combater o inimigo em comum, o coronavírus, o ex-presidente Lula e o governador de São Paulo, João Doria, fizeram um movimento histórico de aproximação na manhã desta quarta-feira (2). Lula destacou em suas redes sociais o empenho de Doria no combate à pandemia, enquanto Doria respondeu: “Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos”. 
Lula ressaltou em sua postagem o papel positivo que Doria vem desempenhando no combate ao vírus: “A gente tem que reconhecer quem está fazendo um trabalho sério nesta crise”, disse ele. 
Doria foi um dos maiores algozes de Lula. Ele fez campanha explícita pela prisão do ex-presidente, chamando-o diversas vezes de ladrão, e foi eleito através do “BolsoDoria”, dobradinha com Jair Bolsonaro. 
No entanto, recentemente, Doria rompeu politicamente com Bolsonaro e a crise intensificou-se após o ocupante do Planalto subestimar o vírus e atacar diretamente Doria, dizendo que sua atuação no combate ao coronavírus era marketing eleitoreiro. 

Bolsonaro volta a atacar Globo e "histeria" da mídia


"Não há mudança de tom quando se fala em salvar vidas após alertar sobre histeria, como sugere determinada emissora", disse ele, em seu facebook, referindo-se à empresa da família Marinho
(Foto: PR | Reprodução)

247 – Jair Bolsonaro voltou às redes sociais para criticar o que chamou de "histeria" da mídia, em especial da Rede Globo, em relação ao coronavírus e disse que não mudou seu tom no tratamento do tema. Confira abaixo seu post
- Não há mudança de tom quando se fala em salvar vidas após alertar sobre histeria, como sugere determinada emissora. Ela sabe que ambos são problemas COEXISTENTES e que precisam ser combatidos pelo bem estar do Brasil, mas prefere tentar enganar a população.
- Estamos, desde o início, reforçando nosso sistema de saúde e dando TOTAL apoio aos estados e municípios do Brasil para salvar vidas e proteger empregos, ao mesmo tempo em que combatemos o pânico disseminado por todo país com grande contribuição de parte da imprensa.
- Se todos colaborarem, inclusive aqueles que trabalham mais interessados em poder do que na vida das pessoas, na manutenção de seus empregos e no bem estar do país, os problemas serão enfrentados de forma mais eficiente e o Brasil sairá ainda mais forte dessa tempestade!

Madero demite 600 funcionários após prometer manter quadro durante a crise


Dono da rede, o empresário bolsonarista Júnior Durski, que é também sócio de Luciano Huck e dono de jato particular, fez pressão para que a quarentena fosse revista
Junior Durski
Junior Durski (Foto: Reprodução)

247 – "A rede de restaurantes Madero demitiu 600 funcionários nesta quarta-feira, 1º de abril, nove dias depois de o proprietário Junior Durski prometer a manutenção de todos os empregos durante a crise econômica mundial causada pela pandemia do novo coronavírus", aponta reportagem do jornal Estado de Minas.
No dia 23 de março, o dono do Madero causou polêmica ao se manifestar contra o regime de isolamento recomendado pelas autoridades médicas para evitar o aumento exponencial do número de infectados. Segundo ele, o Brasil sofreria consequências muito maiores em sua economia do que as mortes provocadas pela COVID-19.
“Sei que temos de chorar e vamos chorar por cada uma das pessoas que vão morrer com o coronavírus. Vamos cuidar, vamos isolar os idosos, as pessoas que tenham algum problema de saúde, como diabetes, vamos! É nossa obrigação fazer isso. Mas não podemos, por conta de cinco ou sete mil pessoas que vão morrer…”.
Em 2018, Junior Durski e seus sócios receberam R$ 700 milhões do fundo norte-americano Carlyle pela venda de 22,3% de participação na rede, que conta com 148 restaurantes em 18 estados brasileiros, além da sede administrativa em Curitiba e uma fábrica de hambúrgueres em Ponta Grossa, no interior do Paraná.