domingo, 29 de março de 2020

Mandetta ironiza empresários e fim da quarentena: "Não adianta fazer carreata"


Coletiva de imprensa demonstrou abismo entre ministro e Bolsonaro: "Vamos agir pela ciência"
"Daqui duas ou três semanas, os mesmos que fizeram uma carreata de apoio, serão os mesmos que estarão em casa", ironizou o ministro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em mais uma coletiva de imprensa, concedida neste sábado (28), Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, confirmou a distância que existe entre a sua perspectiva sobre as consequências e soluções para conter a curva de ascensão dos casos de contaminados no Brasil, e a de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
Durante a coletiva, Mandetta anunciou que o Brasil chegou a 3.904 casos confirmados de pessoas que contraíram coronavírus e 114 óbitos, por consequência da doença. O ministro voltou a defender a quarentena no país, medida que Bolsonaro quer reverter em nome da economia.
“Se todo mundo sair andando por aí, vai faltar para o rico e para o pobre. Precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso”, explicou o ministro, que pediu que as medidas sejam tomadas “pela ciência e pela parte técnica, com planejamento.”


Impeachment pode ser pouco para Jair Bolsonaro, diz Bernardo Mello Franco


Jornalista afirma que ele pode até ser condenado por crime contra a Humanidade no Tribunal Penal Internacional de Haia
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)

247 – "Os desvarios de Jair Bolsonaro não cabem mais na esfera da política. Quando o presidente se torna uma ameaça à saúde pública, sabotando o esforço nacional contra a pandemia, seus atos devem ser submetidos aos tribunais", diz o jornalista Bernardo Mello Franco, em coluna publicada no jornal O Globo.
"Quando a epidemia passar, a abertura de um processo de impeachment pode ser pouco para enquadrar o presidente. Se sua cruzada contra a vida prosperar, ele se candidatará a uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional, que julga crimes contra a Humanidade", diz Bernardo Mello Franco.

Desesperados com o descaso do Estado e passando fome, moradores das favelas começam a ir às ruas


À medida em que coronavírus avança no Brasil, a profunda desigualdade brasileira - tema antes ignorado pela grande imprensa - passa para o topo das preocupações. Moradores das favelas, desesperados com o descaso do Estado, começam a passar fome e ir às ruas
(Foto: Divulgação)

247 - Especialistas aguradam uma explosão de casos de coronavírus nas periferias e favelas brasileiras, com base nas topografias locais, nos hábitos culturais e nas aglomerações naturais das pequenas casas improvisadas. 

Mandetta ataca imprensa para agradar Bolsonaro e apanha da Globo


“O ministro da saúde encontrou uma outra maneira de agradar o presidente: criticou o trabalho da imprensa, afirmando que os meios de comunicação são sórdidos, porque na visão dele só vendem se a matéria for ruim", afirma editorial da Rede Globo lido pela jornalista Ana Paula Araújo durante o Jornal Nacional
Jornalista Ana Paula Araújo e ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
Jornalista Ana Paula Araújo e ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Foto: Reprodução | ABr)

247 - A Rede Globo rebateu na noite deste sábado (28), as declarações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chamou os “meios de comunicação de sórdidos”, em uma crítica a cobertura da mídia sobre a pandemia.

Governador do Paraná deve prorrogar isolamento social por pelo menos mais 10 dias

(Foto: Rodrigo Félix/AEN)


Um videoconferência reuniu na manhã deste sábado (28) o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e prefeitos de dez cidades do Estado, entre eles o prefeito de Curitiba Rafael Greca. A reunião teve como objetivo alinhar um planejamento estratégico entre governo e municípios para enfrentar o avanço do novo coronavírus. “Precisamos pensar em conjunto, trocar experiências e unificar ações para que erremos o menos possível. A pandemia não é uma corrida de cem metros. É uma maratona, que em 15 dias não se resolve. Vamos enfrentar essa situação até junho, julho e por isso é preciso criar um modelo de gestão de crise”, disse Ratinho Júnior. O governador iria se reunir com mais prefeitos durante esse sábado (28) e também no domingo (29) por videoconferência para alinhar o discurso e ouvir as propostas. Segundo informações extraoficiais, o governador deve anunciar neste domingo (29) que as medidas de isolamento, com fechamento do comércio, shoppings e suspensão de aulas, vão continuar por pelo menos mais 10 dias no Paraná. Lembrando que os decretos do governo já prevêem as medidas por tempo indeterminado, enquanto durar pandemia de Covid-19. Por Josiane Ritz no Bem Paraná