sábado, 14 de março de 2020

Lauro Jardim diz que Bebianno não deixou nada gravado e que seus segredos ficarão enterrados para sempre


"Bebianno detinha segredos da escalada de Bolsonaro ao poder — e de como realmente se passou nos bastidores o ano de 2018, o da eleição. Não era o único. Mas era talvez quem possuía mais informações até hoje não reveladas^", diz o jornalista
Bebianno diz que aliado de Bolsonaro armou sequestro de Lauro Jardim
Bebianno diz que aliado de Bolsonaro armou sequestro de Lauro Jardim (Foto: Agência Brasil | Reprodução)

247 - "Com a morte de Gustavo Bebianno, aos 56 anos por infarto fulminante, uma parte da verdadeira história da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência também será enterrada para sempre. Bebianno detinha segredos da escalada de Bolsonaro ao poder — e de como realmente se passou nos bastidores o ano de 2018, o da eleição. Não era o único. Mas era talvez quem possuía mais informações até hoje não reveladas", diz o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna.
"Como não deixou nada gravado ou escrito para a posteridade, esse pedaço de história do Brasil real nunca virá a público, exceto por certos relatos que fez a pessoas próximas. Desde que brigou com Bolsonaro, no início do ano passado, Bebianno contou algumas passagens ocorridas durante a campanha eleitoral, em que era o mais próximo dos mais próximos auxiliares do atual presidente. Mas, em conversas privadas, costumava observar que dizia em entrevistas apenas um pedaço ínfimo do que viu, participou e viveu", afirma ainda o colunista.

Últimas palavras de Bebianno: o Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes


Frase foi publicada na edição da Folha de S.Paulo deste sábado 14, data em que Gustavo Bebianno morreu vítima de infarto. Portanto, suas últimas palavras públicas. “Todos que tentam trabalhar terminam alvejados pelas costas”, disse também o ex-ministro
Clã Bolsonaro e Gustavo Bebianno
Clã Bolsonaro e Gustavo Bebianno

247 - A Folha de S.Paulo publicou em sua edição deste sábado 14 uma frase de Gustavo Bebianno, ex-ministro e ex-coordenador de campanha de Jair Bolsonaro, uma frase dele na seção “Tiroteio”, assinada por Mariana Carneiro e Guilherme Seto.
“Todos que tentam trabalhar terminam alvejados pelas costas. O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes”, disse Bebianno, conforme reproduz a Folha, frase que fica registrada como suas últimas palavras, uma vez que Bebianno morreu nesta manhã vítima de um infarto.




Bebianno insinuva ter informações sobre a 'facada de Juiz de Fora'


Ex-coordenador de campanha de Jair Bolsonaro, ex-ministro Gustavo Bebiann tinha informações preciosas sobre a eleição de 2018
(Foto: Foto: Reprodução)
247 – A morte do ex-ministro Gustavo Bebianno pode sepultar também informações preciosas sobre o que realmente ocorreu em Juiz de Fora, durante a campanha presidencial, quando Jair Bolsonaro teria levado uma facada providencial, que o afastou dos debates e do duelo com candidatos mais preparados. A esse respeito, vale relembrar artigo escrito por Renato Rovai, editor da revista Fórum, em fevereiro de 2019:
Por Renato Rovai – Em uma longa entrevista ao programa "Os Pingos nos Is", da rádio Jovem Pan, na noite desta terça-feira (19), o ex-ministro Gustavo Bebianno resolveu dizer, de maneira no mínimo suspeita, que Carlos Bolsonaro, aquele que o chamou de mentiroso, mal participou da campanha de seu pai e que a única viagem que fez com a equipe foi para Juiz de Fora (MG), cidade onde Jair Bolsonaro sofreu a facada, em setembro.
Por que Bebianno soltou essa declaração em um programa de audiência nacional depois de ser escorraçado do governo? Seria a declaração uma senha de que seria capaz de trazer à tona revelações mais graves?
Como se sabe, em política ninguém diz nada por acaso. Será que a declaração teria alguma ligação com as dúvidas que ainda hoje pairam sobre a facada?
Há de se registrar ainda que, após o beijo de Judas, Bebianno passou a tecer elogios a Jair Bolsonaro, dizendo que ele não era o "homem bomba", que não atacaria o presidente e que tem certeza de que o capitão da reserva fará um bom governo.


Ex-ministro e desafeto do clã Bolsonaro, Gustavo Bebianno morre aos 56 anos, após infarto fulminante


Advogado coordenou a campanha de Jair Bolsonaro, foi ministro e depois se tornou desafeto do clã, após ser demitido do cargo

247 – O ex-secretário geral da Presidência e pré-candidato a prefeito do Rio, Gustavo Bebianno, morreu esta manhã após um infarto fulminante, aos 56 anos. A informação é do presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho.
Bebianno estava em seu sítio em Teresópolis junto com um caseiro e seu filho. Segundo Marinho, por volta de 4h30 ele comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça. 
Bebianno foi levado para uma unidade hospital da cidade, mas não resistiu.