sábado, 8 de fevereiro de 2020

Lula: elite brasileira é colonizada e não se respeita

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Editora 247)

Em entrevista à TV 247, o ex-presidente resgatou a origem e o propósito do PT, que completa 40 anos neste fim de semana, falou sobre democracia, seu encontro com o Papa Francisco, antipetismo, greve dos petroleiros, informalidade no trabalho, imprensa e outros temas. Assista

Delegados da PF se revoltam com Paulo Guedes, que chamou servidores de parasitas

A Associação Nacional dos Delegados da PF afirma repudiar "a estratégia sistemática de apontar os servidores públicos brasileiros como culpados dos problemas nacionais, silenciando sobre as causas verdadeiras, bem como a de difundir notícias inverídicas a respeito". Guedes "parece nutrir ódio crescente pelos agentes públicos", diz

247 - A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal criticou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que comparou funcionários públicos a 'parasitas', durante evento no Rio de Janeiro. A entidade afirma repudiar "a estratégia sistemática de apontar os servidores públicos brasileiros como culpados dos problemas nacionais, silenciando sobre as causas verdadeiras, bem como a de difundir notícias inverídicas a respeito".
"Qualquer manual básico de gestão consideraria a declaração do Ministro como assediante e desestimuladora. Trata-se de uma verdadeira tragédia acompanhar reiterados ataques daquele que deveria estimular o bom funcionamento da máquina pública. Paulo Guedes, com suas falas, parece nutrir ódio crescente pelos agentes públicos. E com ódio nada se constrói", dizem os delegados.
Em palestra no seminário Pacto Federativo, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Guedes afirmou, nesta sexta-feira (7), que "o funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo". "O hospedeiro está morrendo. O cara (funcionário público) virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo", disse o titular da pasta. 
Os delegados da PF rebatem. "Não bastasse a ofensa, o Ministro desinforma e confunde a sociedade ao afirmar que servidores públicos têm reajustes salariais automáticos e acima da inflação. A última negociação salarial para a maioria do serviço público federal se deu há mais de quatro anos e apenas repôs parte da inflação até então. No caso específico da Polícia Federal, há perdas inflacionárias desde o ano de 2016. Cada centavo de correção inflacionária decorre de extenuantes e prolongadas negociações com os governos, da mesma maneira que costuma ocorrer na iniciativa privada entre patrões e empregados". O relato foi publicado no blog do Fausto Macedo
"Certamente os servidores da Polícia Federal, que em pesquisas recentes foi identificada como a instituição de maior confiabilidade no conceito dos brasileiros, assim como os demais honrados agentes públicos, merecem mais respeito e valorização. Não há Estado forte sem instituições fortes. Demonizar o servidor público é destruir as instituições e o próprio país. A quem interessa a desvalorização do serviço público?", questiona a entidade.

Pimenta responde a Guedes: parasita é Bolsonaro

"Parasita é Bolsonaro, que passou 30 anos como parlamentar, colocou esposa e três filhos na mesma função e agora está arrebentando e entregando a nação inteira para os amigos do Paulo Guedes, o intermediário da máfia financeira escolhido para conduzir a pilhagem", afirmou o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS)
(Foto: Agência Câmara)

247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), repudiou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, para quem os servidores públicos são 'parasitas'. "Parasita é Bolsonaro, que passou 30 anos como parlamentar, colocou esposa e três filhos na mesma função e agora está arrebentando e entregando a nação inteira para os amigos do Paulo Guedes, o intermediário da máfia financeira escolhido para conduzir a pilhagem", escreveu o parlamentar no Twitter.
Durante evento na FGV do Rio, Guedes afirmou que o "funcionalismo teve aumento 50% acima da inflação. Além disso, tem estabilidade na carreira e aposentadoria generosa". "O hospedeiro está morrendo, o cara (servidor) virou um parasita. O dinheiro não chega no povo e ele (servidor) quer reajuste automático", afirmou Guedes. 


Jornal Nacional dá o braço a torcer e noticia a indicação de Democracia em Vertigem ao Oscar

A Rede Globo deu o braço a torcer e fez uma matéria detalhada da indicação ao Oscar do documentário Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa. O filme teve destaque no Jornal Nacional em longa matéria exclusiva e com uma entrevista com a diretora. O jornal ainda mencionou a participação do fotógrafo Ricardo Stuckert e o ineditismo da indicação brasileira ao prêmio máximo do cinema americano
Petra JN
Petra JN (Foto: Petra JN)

247 - A Rede Globo finalmente deu o braço a torcer e fez uma matéria detalhada da indicação ao Oscar do documentário Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa. 
O filme teve destaque no Jornal Nacional em longa matéria exclusiva e com uma entrevista  com a diretora. O jornal ainda mencionou a participação do fotógrafo Ricardo Stuckert e o ineditismo da indicação brasileira ao prêmio máximo do cinema americano.
O jornal afirmou ainda que o filme de Petra está sendo acusado de ser "petista" em sua "versão" dos fatos e perguntou à cineasta sobre essa percepção. Petra respondeu que discorda e que critica o PT em alguns trechos do filme. 
O jornal fez questão de destacar que o documentário traz a visão "pessoal" da diretora, que conta do seu ponto de vista os fatos que foram se sucedendo no entorno do impeachment sem crime da ex-presidenta Dilma Rousseff. 

Direção Nacional do PT veta alianças nas eleições municipais com DEM, PSDB e extrema direita

Abertura do Festival PT 40 ano | Foto: Diego Padilha

O partido “buscará constituir a Frente Democrática Popular, com forte participação dos partidos de esquerda, movimentos sociais e populares, setores progressistas, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, para construir a força social e popular necessária para impedir os retrocessos
A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida ontem (7/2), no Rio de Janeiro, definiu que a politica de alianças do partido para as eleições municipais exclui os partidos que sustentam a política ultraneoliberal do governo Bolsonaro (DEM e PSDB) e veta composições com os partidos de extrema-direita. O PT definiu como centro estratégico eleitoral “a construção de alianças com PCdoB, PSOL, PDT, PSB, Rede, PCO e UP.”
Alianças com outros partidos podem ser feitas, onde o PT tenha candidatos a prefeito, desde que autorizadas pelo Diretório Estadual, mas não podem incluir os partidos ultraneoliberais e os de extrema-direita. Além disso, candidatos que venham a ter apoio do PT devem ter “compromisso expresso com a oposição a Bolsonaro e suas políticas” e não podem ter “práticas de hostilidade ao PT e aos presidentes Lula e Dilma”
A política de alianças é um dos pontos da resolução política e eleitoral aprovada na primeira reunião da executiva do PT eleita em 17 de janeiro. O partido “buscará constituir a Frente Democrática Popular, com forte participação dos partidos de esquerda, movimentos sociais e populares, setores progressistas, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, para construir a força social e popular necessária para impedir os retrocessos e derrotar as políticas do governo Bolsonaro”, diz o texto.
Ainda de acordo com a resolução, “tal estratégia é compatível e complementar à formação de alianças táticas com setores sociais e políticos que tenham contradições reais com determinadas políticas do governo Bolsonaro”, como por exemplo a agenda antidemocrática do lavajatismo e e a pauta obscurantista. “Qualquer aliança que não contemple a abolição da agenda econômica e social do governo Bolsonaro e seus aliados fará muito pouco pela democracia no Brasil e nada por sua população.”
A executiva nacional confirmou que o PT participará com candidatos nas eleições “em todos os municípios em que for possível, especialmente naqueles com eleições em dois turnos e os que têm emissoras de rádio e TV geradoras de programas do horário eleitoral.”
A reunião da Comissão Executiva Nacional foi seguida pela abertura do Festival PT 40 Anos, que prossegue neste sábado com a exposições culturais, um debate sobre o papel da esquerda na democracia, com representantes do PT, PSB, PDT, PCdoB e Psol, e será encerrado com um diálogo entre os ex-presidentes Lula, do Brasil, e Pepe Mujica, do Uruguai.