O
jornalista Reinaldo Azevedo defende punição para o presidente Bolsonaro e seu
ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mesmo fora do cargo. Para o jornalista,
"a democracia brasileira precisa aprender a punir a barbárie"
247 - "Enquanto escrevo nesta quinta a coluna
que você lê agora, o precioso tempo dos ministros do Supremo Tribunal Federal é
consumido numa questão já pacificada na Constituição, na legislação ordinária e
numa portaria do ministério da Saúde: a compulsoriedade da vacina. Por
compulsória, os recalcitrantes sem causa, que não uma injustificada obstinação,
têm de arcar com as consequências de sua resistência".
"Um capitão
da reserva e um general da ativa, como dois arruaceiros, chegaram arrebentando
as portas da excelência, cobrindo com o véu opaco de sua estupidez o que havia
de clareza no setor, de modo a obrigar a Corte Suprema do país a decidir o que
decidido já está desde a lei 6.259, de 1975 —no tempo em que ainda caminhávamos
nas trevas", escreve Reinaldo Azevedo na Folha de
S.Paulo.
"Estamos,
como sociedade, nos acostumando ao atraso, normalizando o absurdo, normatizando
a burrice. A delinquência vai se esgueirando às margens da lei ou contra ela,
de sorte que mesmo aquilo que já está sacramentado pela legislação ou
pacificado pelo entendimento majoritário de tribunais superiores vai sendo
permanentemente desafiado, um pouco por dia, de forma determinada, obsessiva,
contínua, constituindo um método, ainda que seja o da desordem".
"Espero que
Bolsonaro e Pazuello, quando fora do cargo, venham a responder por uma
tempestade de ações de improbidade administrativa, nos termos em que a medida
provisória 966 foi admitida como constitucional pelo Supremo".
“Estou
entre os que entendem que ex-presidentes e ex-ministros podem responder por
improbidade. Há condicionantes muito claras definidas pelo tribunal”.
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