sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Presidente da Câmara de Arapongas é preso preventivamente pelo Gaeco

O Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR), cumpriu nesta sexta (18) dois mandados de prisão preventiva em Arapongas, Norte do Estado. Foram presos o presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Alves dos Santos (PSC), e um contador, investigados por lavagem de dinheiro de origem ilegal. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Arapongas.


As investigações tiveram início a partir da análise de termos circunstanciados firmados ​na Polícia Civil em que se apurou a existência de 257 pontos de jogo de bicho na cidade. Do total arrecadado ​nos pontos de jogos, 80% seria destinado ao vereador. Segundo a apuração, parte da lavagem do dinheiro era feita por meio da simulação de venda de sementes de capim para empresas de fachada do ramo agropastoril, criadas pelo contador investigado em nome de “laranjas”. O valor total d​ess​as transações chegaria a R$ 3.077,467,14. As prisões foram decretadas pois verificou-se que os investigados continuavam a praticar as condutas criminosas no curso das apurações.

Apreensões – Em etapas anteriores das investigações, a partir de medidas cautelares deferidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Arapongas,​ a pedido do Gaeco,​ foram apreendidos, em 18 de setembro deste ano, diversos objetos vinculados à conduta criminosa (máquinas, bobinas de cartões, talões, planilhas, extratos bancários) e mais de R$ 500 mil em espécie na residência do investigado. Na continuidade do processo, foram realizadas em novembro novas buscas, que culminaram na apreensão de documentos na residência e no escritório do contador, material que revelou uma ampla rede de empresas de fachada para fins ilícitos, inclusive com utilização de documentos falsos. Além da quantia em dinheiro, foram apreendidos valores em contas-correntes de titularidade dos investigados, dois imóveis localizados no município de Balneário Camboriú (SC) e três veículos de luxo.

Arbitrariedade – Em nota, a defesa do vereador disse que as diligências sobre o caso já se encerraram, pois a denúncia foi oferecida no dia 9 de dezembro. O advogado afirmou que o Osvaldo dos Santos jamais inferiu nas investigações e sempre colaborou com a justiça. ” A prisão é manifestamente ilegal e arbitrária, já estamos entrando com recurso”, afirmou Marcos Prochet. (Informações do MPPR e G1 Paraná).

  

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