Em entrevista ao jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, a cineasta afirmou que o processo de impeachment de Dilma Roussef foi um golpe que começou em 2016 e continua a espalhar seus efeitos sobre a política do Brasil, sendo a eleição de Jair Bolsonaro um de seus desdobramentos
247 - A cineasta Petra
Costa avaliou a conjuntura política do país em entrevista ao programa SUB40, do
jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman.
Para Petra Costa - que foi indicada ao Oscar na categoria de Melhor
Documentário pelo filme Democracia em Vertigem, que retrata o processo de
impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 -, o processo foi
um golpe que começou em 2016 e continua a espalhar seus efeitos sobre a
política do Brasil, sendo a eleição de Jair Bolsonaro um de seus
desdobramentos.
"O
golpe segue seu curso, e estamos todos vivendo os efeitos dele, principalmente
os que colaboraram para o estado atual das coisas. O governo Bolsonaro é uma
consequência do golpe, uma consequência da descrença na democracia que levou
tanta gente a eleger alguém como o Bolsonaro", diz.
Para Costa, os
reflexos do processo de impeachment e dos movimentos que levaram à eleição de
Bolsonaro já eram aparentes nas jornadas de manifestações de 2013, quando
"parte de uma classe média sai para protestar e suas pautas são cooptadas
pela extrema direita".
"Nas
manifestações de 2013 há uma semente de fascismo e intolerância, as pautas
começaram a ser cooptadas por um discurso de extrema direita", afirma.
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