sábado, 19 de dezembro de 2020

Movimentos negros divulgam carta-aberta em Apucarana

Com o título “Vidas negras importam”, a mensagem aborda situações de discriminação vividas pelo povo negro no Brasil, em especial ao longo deste ano de pandemia

(Foto/PMA)

Representantes do Movimento Apucaranense da Consciência Negra (Macone), da Pastoral Afro de Apucarana e do Conselho Municipal da Igualdade Racial divulgaram nesta sexta-feira (18/12), em diálogo realizado no salão nobre da prefeitura, uma carta-aberta à população.

Com o título “Vidas negras importam”, a mensagem aborda situações de discriminação vividas pelo povo negro no Brasil, em especial ao longo deste ano de pandemia. “Nós, dos movimentos, somos as vozes das comunidades. Vivemos um ano truculento, com questões sérias e não podemos ficar calados diante do racismo e violência exacerbada, onde vimos tantos irmãos negros sendo vítimas da indiferença humana”, pontou Carlos Alberto Figueiredo,presidente do Conselho Municipal da Igualdade Racial e membro do Macone.

De acordo com ele, a edição da carta-aberta visa firmar a posição dos movimentos negros de Apucarana junto à comunidade local. “Vidas negras importam, todas as vidas importam e não podemos nunca nos calar. Queremos ser protagonistas desta história, erradicando de uma vez por todas todo tipo de barbárie, todo tipo de violência, contra quem quer que seja”, reforçou Figueiredo.

A carta-aberta à população é assinada pelo presidente do Macone, Eusébio Colares, pelo coordenador Diocesano da Pastoral Afro, Natal Batista, pelo presidente do Conselho Municipal da Igualdade Racial, Carlos Alberto Figueiredo, e pelo advogado Paulo Ribeiro. “Quando o povo oprimido, como o povo negro se organiza, é sempre uma alegria. Fortalece a esperança de um país com mais igualdade”, disse Paulo Pesce, um dos fundadores do Macone.

Além de ratificarem pontos da carta-aberta, o grupo abordou e discutiu os casos recentes de segregação racial no Paraná e no Brasil.

  

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