Enquanto
o ministro da Economia, Paulo Guedes, insiste no arrocho fiscal e na
"volta à normalidade" das receitas e despesas do governo, técnicos do
ministério indicam que as regras fiscais rígidas devem ser flexibilizadas para
enfrentar a nova onda da covid
247 - O Ministério da
Economia está mergulhado em contradições internas sobre o arrocho fiscal.
Técnicos do ministério admitem a possibilidade de prorrogar o estado de
calamidade e o Orçamento de guerra caso ocorra uma segunda onda da covid-19.
A área técnica considera que somente assim será possível enfrentar os gastos da
nova onda da pandemia no Brasil, em contradição com o ministro Paulo Guedes,
que defende a volta do Orçamento de 2021 "à normalidade".
É
opinião corrente entre os técnicos do ministério que o governo terá de afrouxar
regras fiscais se a pandemia se agravar, informam os jornalistas Bernardo Caram e Fábio Pupo. Serão
necessários gastos extraordinários para enfrentar o crescimento da pandemia,
com a demanda acrescida por serviços de saúde e a necessidade de comprar e
distribuir vacinas.
O governo trabalha com o prazo de 31 de dezembro para o fim
do estado de calamidade pública. Mas os técnicos do Ministério da
Economia, contrariamente à opinião do ministro Paulo Guedes, consideram que o
cenário de recrudescimento da covid indica que sem o orçamento de guerra, que
suspende normas fiscais, não será possível implementar ações sem descumprir o
teto de gastos, a chamada regra de ouro e a meta fiscal.
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