"Não
se pode aceitar isso. Estamos vivendo num país em que coisas anormais viram
normais. Houve uma reunião no Palácio, no gabinete do presidente, para usar a
agência de segurança nacional, instituição do Estado brasileiro, para resolver
problemas da família do presidente", defendeu o colunista Merval Pereira
247 - O colunista Merval Pereira, do Globo, afirmou que
a revelação de que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu pelo
menos dois relatórios para ajudar a defender o senador Flávio Bolsonaro
(Republicanos) no caso do esquema de rachadinhas comandados pelo assessor
Fabrício Queiroz, na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), "é
passível de impeachment".
Merval, no
entanto, minimiza o esquema de corrupção do filho de Jair Bolsonaro. Segundo
ele, "o caso do filho 04 do presidente Bolsonaro é um pequeno trambique,
medíocre, coisa de republiqueta de banana".
"Tem
que punir, não se pode aceitar, mas o caso da Abin é gravíssimo e passível de
impeachment. O documento revelado pelo Guilherme Amado confirma o que já se
sabia e que o governo tinha desmentido. Houve uma reunião no Palácio do
Planalto com os advogados de Flavio Bolsonaro, o general Augusto Heleno, o
chefe da Abin, Alexandre Ramagem e o presidente Bolsonaro para tratar da defesa
de Flavio Bolsonaro", disse.
O jornalista
lembrou que na época a alegação foi que houve uma conversa e chegaram à
conclusão de que não era caso de a Abin se meter. "Agora vimos que se
meteu, fez relatório para ajudar o filho do presidente. Justifica o
impeachment. É o presidente usando órgãos de investigação do Estado brasileiro
para proteger seu filho", frisou.
E
acrescenta: "Não se pode aceitar isso. Estamos vivendo num país em que
coisas anormais viram normais. Houve uma reunião no Palácio, no gabinete do
presidente, para usar a agência de segurança nacional, instituição do Estado
brasileiro, para resolver problemas da família do presidente".
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