"Acabará
atrás das grades, como merecem os genocidas", diz ele
247 – "Anotem: ao liderar uma campanha contra a
vacinação, Bolsonaro está enterrando de vez sua reeleição. E quando nossa
democracia for plenamente restabelecida, acabará atrás das grades, como merecem
os genocidas", postou o presidente do Psol, Juliano Medeiros. Saiba mais
sobre a postura de Bolsonaro:
BRASÍLIA (Reuters)
- Ao
mesmo tempo em que o Supremo Tribunal Federal (STF) formava maioria em torno da
obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro
afirmava nesta quinta-feira que ninguém pode ser obrigado a se imunizar.
O
presidente argumentou, em cerimônia de apoio ao setor produtivo, que a
responsabilidade é da pessoa caso ela se infecte no futuro por não ter tomado a
vacina, citando ainda que na negociação com Pfizer para a compra de vacinas não
há uma responsabilização por qualquer efeito colateral.
“Peço a Deus que
me oriente, como sempre tenho pedido, para tomar decisões, não ser levado por
algum clima, como está acontecendo agora. De passagem eu perguntei para a
Polícia Federal, o que está sendo votado no Supremo”, disse Bolsonaro,
acrescentando que ainda iria se informar melhor sobre o assunto.
“Ninguém
pode obrigar ninguém a tomar a vacina... Se o cara não quer ser tratado, que
não seja, eu não quero fazer uma quimioterapia e vou morrer, problema é meu,
pô”, afirmou.
O
presidente, no entanto, disse que haverá disponibilização do imunizante para a
população.
“A vacina, uma vez
certificada pela Anvisa, vai ser extensiva a todos que queiram tomá-la. Eu não
vou tomar.”
Bolsonaro
rebateu, em meio a xingamentos, as críticas de que estaria dando um “péssimo
exemplo” ao dizer que não será vacinado, argumentando que já teve a doença
causada pelo novo vírus.
“Alguns
falam que estou dando um péssimo exemplo. Ô imbecil, ô idiota que está dizendo
do péssimo exemplo, eu já tive o vírus, eu já tenho anticorpos, para que tomar
de novo?”, questionou.
Avocou, ainda, a
tese da liberdade individual para justificar uma recusa à imunização,
acrescentando que não há uma ditadura em vigor no país.
O STF
decidiu nesta quinta-feira que a vacina é obrigatória, mas não pode ser
forçada. No lugar, segundo voto do relator, ministro Ricardo Lewandowski,
poderão ser impostas medidas restritivas a quem se recusar a ser imunizado.
Para os
ministros da corte, a ideia de um bem maior comum, a ser proporcionado pela
imunização coletiva, não pode ser sobreposto por questões individuais.
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