domingo, 13 de dezembro de 2020

Janio de Freitas explica a urgência do impeachment de Bolsonaro e a prevaricação de Rodrigo Maia

 

Jair Bolsonaro comete crime de responsabilidade com sua conduta irresponsável diante da pandemia e Maia também comete crime ao não analisar os pedidos de impeachment, aponta o colunista

Rodrigo Maia, Bolsonaro e vacina (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | ABr | Alan Santos/PR)

247 – Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia estão cometendo crimes, explica o colunista Janio de Freitas. O primeiro ao agir de forma totalmente irresponsável diante da pandemia e o segundo ao sentar em cima dos pedidos de impeachment. É impossível imaginar o que falta ainda para a única providência que salve vidas —quantas, senão muitos milhares?— da sanha mortífera de Jair Bolsonaro. Mas não é preciso imaginar a indecência da combinação de "elites" e políticos, para ver o que e quem concede liberdade homicida em troca de ganhos.  "A conduta da Presidência e de seus auxiliares na Saúde, na balbúrdia da vacina, basta para justificar o processo de interdição ou de impeachment, sem precisar dos anteriores crimes de responsabilidade e outros cometidos por Bolsonaro e pelo relapso general Eduardo Pazuello", aponta ele.

Jânio também aponta o crime de Maia ao se negar a analisar os pedidos. "Nítido abuso de poder, nessa recusa a priori. É dever do presidente da Câmara o exame de tais requerimentos, daí resultando o envio justificado para arquivamento ou para discussão em comissões técnicas. Rodrigo Maia jamais explicou sua atitude", escreve Janio de Freitas. "Seja como for, Rodrigo Maia macula sua condução da Câmara, bastante digna em outros aspectos, e se associa à continuidade do desmando igualado ao crime de índole medieval. Os constituintes construíram um percurso difícil e longo para o processo de impeachment, e que assim desestimulasse sua frequência. Mas deixaram com um só político o poder de consentir ou não na abertura do processo. Fácil via para o abuso do poder. E sem alternativa para o restante do país, mesmo na dupla calamidade de uma pandemia letal e um governo que a propaga", aponta.

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