Foram disponibilizados, a partir de 20 de novembro, 159
leitos de UTI e 414 de enfermaria. Destes, 321 (93 UTIs e 228 enfermarias)
foram em Curitiba e região. Investimento é de R$ 243,5 milhões.
O Governo do
Estado reativou nas duas últimas semanas 573 leitos de atendimento exclusivo à
Covid-19 para dar conta da alta demanda de pedidos de internamento. A medida é
mais um enfrentamento em virtude da onda crescente de contaminação da doença,
que voltou com força no mês passado. Foram disponibilizados, a partir de 20 de
novembro, 159 leitos de UTI e 414 de enfermaria. Destes, 321 (93 UTIs e 228
enfermarias) foram em Curitiba e região.
Com
o novo pacote, de acordo com o serviço de Regulação de Leitos Estadual, o
Paraná tem neste momento 2.612 unidades destinadas apenas para o tratamento do
novo coronavírus – 1.052 são UTIs e 1.504 enfermarias para adultos e mais 22
UTIs e 34 enfermarias pediátricas.
Nesses
quase nove meses de pandemia, o Governo do Estado desembolsou R$ 95,7 milhões
para os hospitais que fazem parte do plano de atendimento a pacientes suspeitos
ou confirmados pelo vírus, entre privados e filantrópicos. Até o fim deste mês
serão pagos pelo menos mais R$ 148 milhões estimados nesta nova ampliação da
estrutura.
Ainda
assim, ressaltou o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Estado precisou
intervir com a adoção de outras ações, já que a capacidade de abertura de
leitos está próxima do limite. Uma delas é o impedimento provisório na circulação
de pessoas entre as 23h e 5h, em vigor desde a quarta-feira (02).
O
mesmo vale para a proibição da comercialização e do consumo em vias e espaços
públicos de bebidas alcoólicas durante o mesmo período, na madrugada, e a
suspensão de confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações
com grupos de mais de 10 pessoas. As medidas restritivas para evitar a
propagação do novo coronavírus constam no decreto 6294/2020, editado na
quinta-feira (03), e tem validade de 15 dias, com opção de prorrogação ou não.
A
intenção, reforçou ele, é além de buscar a diminuição do número de casos,
acabar com aglomerações e festas clandestinas, organizadas especialmente por
jovens, que tomaram conta da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) a partir do
mês passado. Ratinho Junior lembrou que essas confraternizações, aliadas ao
consumo de bebidas alcoólicas e de direção, acabam por ampliar o número de
vítimas de traumas, que inclui acidentes de trânsito, agressões por briga e
facadas, entre outros.
Essa
modalidade é responsável por ocupar cerca de 15% dos leitos de UTI no Paraná.
“Precisamos tomar essas decisões para conscientizar as pessoas e diminuir o
número de traumas. Só assim conseguiremos ter mais leitos com dedicação
exclusiva ao Covid-19. Apelamos para a consciência das pessoas para que fiquem
em casa, não façam aglomerações. É um período de exceção que só será vencido
com a união de todos”, afirmou o governador. “A Polícia Militar está orientada
a fiscalizar, intervir e acabar com qualquer evento que não se enquadre dentro
deste novo decreto”, acrescentou.
INTERIOR – Secretário
de Estado da Saúde (Sesa), Beto Preto informou que a ampliação de estrutura se
dá também no interior do Estado. Segundo ele, 60 leitos devem ser habilitados
nos próximos dias, em Umuarama (20) e Arapongas (40). “Devido ao aumento no
número de casos, houve a necessidade de reativação dos leitos em Curitiba e na
Região Metropolitana. Mas reafirmo, os leitos são finitos e os recursos humanos
também. As equipes médicas e de profissionais que atendem nas UTI’s estão nos
seus limites. É preciso uma mudança de comportamento, que as pessoas evitem a
circulação e as aglomerações”, disse o secretário.
“Temos
uma programação para reativar outros leitos até a próxima terça-feira (08).
Além disso, mantemos constante contato com os serviços de saúde para viabilizar
novos leitos também em outras regiões”, acrescentou.
PREVENÇÃO – Diretor de
Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak destacou que o Governo do Estado não
tem medido esforços para ampliar o atendimento à população paranaense. Mesmo
assim, é necessário reforçar os cuidados básicos como uso de máscaras,
distanciamento social, isolamento domiciliar e uso de álcool em gel.
“A
ampliação de leitos viabiliza o acesso de pacientes ao atendimento, mas não
impede as complicações que este paciente possa ter em virtude da doença.
Infelizmente cerca de 20% das pessoas que precisam de internamento pela
Covid-19, não sobrevivem ao tratamento”, ressaltou o diretor.
Enquanto
não houver uma vacina comprovada que previna a doença, é preciso
conscientização individual da população. “É preciso entender que não basta ter
leitos, é necessário evitar a contaminação. Mesmo que haja leitos disponíveis
para todos os pacientes, ainda assim alguns deles não vão sobreviver ao vírus”,
completou ele.
CONFIRA: 16
municípios já tiveram leitos reativados:
Curitiba
– 61 UTIs / 106 enfermarias
Campo
Largo – 32 UTIs / 122 enfermarias
Maringá
– 10 UTIs / 30 enfermarias
Paranavaí
– 5 UTIs / 5 enfermarias
Goioerê
– 15 enfermarias
Umuarama
– 6 UTIs / 10 enfermarias
Apucarana
– 4 UTIs / 10 enfermarias
Foz
do Iguaçu – 10 UTIs
Ponta
Grossa – 19 enfermarias
Sarandi
– 15 UTIs / 29 enfermarias
Colorado
– 20 enfermarias
Londrina
– 10 UTIs / 26 enfermarias
Guarapuava
– 5 UTIs
Cianorte
– 7 enfermarias
Jacarezinho
– 1 UTI / 5 enfermarias
Telêmaco
Borba – 10 enfermarias.
A
previsão é de que até a próxima terça-feira (8), dois municípios habilitem
novos leitos. São estes:
Arapongas
– 20 UTIs / 20 enfermaria
Umuarama
– 20 enfermarias.
Fonte:
AEN
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