O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), deflagrou nesta
quinta-feira (17) a segunda fase da Operação Control-Z, cumprindo 12 mandados
de busca e apreensão, sendo oito na cidade de Arapongas e quatro na cidade de
Maringá. As investigações, conduzidas pela 1ª Promotoria de Justiça de
Arapongas, tiveram início em 2017 e buscam apurar crimes de fraude à licitação,
corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro com possível constituição de
organização criminosa, supostamente envolvendo servidores do município,
empresários, e ainda a ex-presidente da Câmara Municipal de Arapongas
(2015-2016), Norte Central do Estado.
A
apuração é baseada em contrato firmado pela Câmara de Arapongas com uma
empresa, com sede em Maringá, contratada em 2013 para digitalização de
documentos da casa legislativa. Segundo as investigações, os empresários
envolvidos efetuavam pagamentos de propina ao grupo, para manterem o contrato e
obterem aditivos, havendo indicação do pagamento de valores que supostamente
chegaram a R$ 22 mil, por vários meses, entre 2015 e 2016. Dos mandados
cumpridos nesta quinta-feira (17), expedidos pelo Juízo Criminal de Arapongas,
três são cumpridos em gabinetes de servidores na Câmara Municipal de Arapongas,
seis em residências, um escritório e dois em empresas investigadas.
Denunciados – Como
resultado da primeira fase da operação, promovida em 2017, foram denunciadas
quatro pessoas que teriam participação no esquema criminoso: outro
ex-presidente da Câmara, que estava à frente do cargo na época dos fatos, o
então presidente do Conselho da Comunidade do Município (posteriormente
afastado do cargo), na conta de quem eram feitos os depósitos depois repassados
ao então chefe do Legislativo), e dois empresários que seriam os responsáveis
pelos pagamentos. Essas quatro pessoas também estão sendo alvos de buscas na
fase executada nesta quinta (17). De acordo com a apuração da Promotoria de
Justiça, a transferência desses valores ao “laranja” mascarava a real natureza
dos depósitos fazendo crer que o vereador apenas quitava uma dívida,
caracterizando o ato como lavagem de recursos de origem ilícita. (Autos
005995-42.2017.8.16.0045 – Juízo da 2ª Vara Criminal de Arapongas).
Com a
nova etapa da investigação, que segue em andamento, o Ministério Público busca
identificar a participação de outros servidores da Câmara Municipal de
Arapongas no esquema, outros empresários que simulavam participação na
licitação, além de pessoas ligadas à chefia do grupo criminoso. Não foram
divulgados nomes dos envolvidos. (Do MPPR).
fonte: Contraponto
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