quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Funcionários do governo incluíram ofensas a políticos de esquerda em dados do Ministério da Saúde

 

Por uma falha de segurança do Ministério da Saúde, dados pessoais de mais de 200 milhões de brasileiros ficaram expostos nesta quarta-feira. Diante dos registros, verificou-se ataques a personalidades públicas na base de dados da pasta

Dilma Roussef, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)

247 - Diante de uma falha de segurança no sistema do Ministério da Saúde, mais de 200 milhões de brasileiros tiveram seus dados pessoais expostos nesta quarta-feira (2). A base de dados foi ainda adulterada, com a inclusão de termos ofensivos em referência a políticos e famosos.

Estado de S. Paulo consultou os registros vazados de personalidades públicas e encontrou termos de baixo calão em meio a dados como CPF, nome, telefone e endereço.

Em dois registros da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, o "nome social" foi preenchido como "motherfucker" e "Vai Bolsonaro".

A ex-deputada federal Manuela D'Ávila aparece com nome social de "petista" e teve o nome de seu pai adulterado para "Luis Inacio Pingaiada da Silva".

O apresentador da Rede Globo Luciano Huck também teve o nome social trocado por "nareba".

A apresentadora Xuxa teve o nome de seu pai, Luis Floriano Meneghel, substituído por "Luiz Floriano Bolsonaro". O nome de Xuxa também foi trocado: "petista sfda ['safada', no linguajar utilizado na internet]".

O Ministério da Saúde foi questionado sobre as adulterações e disse que "o conteúdo ofensivo identificado já foi corrigido" e que "ações de segurança estão sendo tomadas para impedir novos incidentes, assim como ações administrativas para apurar o ocorrido". A pasta não informou, entretanto, quem é o responsável pelo conteúdo.

 

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