terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Forbio anuncia início das operações para o final de janeiro

 

Com investimentos na ordem de R$50 milhões, a empresa irá fabricar produtos biológicos para uso na agricultura com foco no mercado interno e externo, atendendo especialmente países da América do Sul (Foto: PMA)


Com 80% do projeto executado, a planta industrial apucaranense da Forbio Agroscience, empresa do grupo empresarial Forus, que mantém várias empresas no Brasil e exterior, entre elas a Forquímica em Cambira, vai iniciar suas atividades no final de janeiro. A informação foi repassada ao prefeito Júnior da Femac nesta terça-feira (01/12), em reunião realizada na Prefeitura de Apucarana, pelo empresário e sócio-administrador Edson Geraldo Rossini.

Rossini relatou que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) prejudicou o cronograma do grupo, que esperava ter iniciado a produção ainda neste ano. “O planejamento era para que a Forbio já tivesse em atividade, mas a pandemia comprometeu o cumprimento dos prazos, sobretudo pela dificuldade dos fornecedores atenderem aos pedidos e também pela limitação de operários no canteiro de obras. Mas é uma honra para Apucarana poder receber este empreendimento de classe mundial, que vai gerar inicialmente cerca de 80 empregos industriais, empregos permanentes com mão-de-obra especializada. Uma alegria ainda maior saber que as atividades vão iniciar no âmbito dos 77 anos do município”, disse o prefeito Júnior da Femac, ressaltando que a Forbio Agroscience vai comercializar produtos “made in Apucarana” para o Brasil, países da América do Sul.

No encontro, Rossini esteve acompanhado do engenheiro agrônomo Rodrigo Honorato e relatou ao prefeito que os equipamentos tecnológicos de ponta, que compõem os laboratórios e da linha de produção, estão em fase final de testes e que, para finalizar o projeto, restam adequações na parte externa, com ênfase ao acesso à empresa junto à BR-376. “Além de atualizar o prefeito sobre o andamento das obras e a previsão de início das atividades, esta reunião também teve como intuito solicitar apoio da prefeitura na viabilização de um acesso adequado à empresa, intervindo junto à concessionária, se necessário”, informou o empresário. De acordo com ele, a inauguração oficial da Forbio deve acontecer após o início das atividades, no mês de fevereiro. “Estamos preparando uma inauguração respeitando o atual cenário, atendendo todas as normas preventivas necessárias devido à Covid-19”, esclareceu.

Com a razão social Biofort Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, a planta de Apucarana vai ter como foco o atendimento do mercado interno e externo com produtos da “Linha Bio” e de “Biocontrole” a partir da fabricação de adubos e fertilizantes, bem como comércio atacadista de defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos do solo com tecnologia de ponta. O investimento inicial na implantação da empresa no município, em área de 6 alqueires adquirida pela empresa junto às margens da BR-376, entre o Contorno Sul e a Estrada Rural do Bilote, nas proximidades da Eletran, é na ordem de R$50 milhões.

Na estrutura inicial de 10 mil m² funcionará o setor industrial (produção), laboratório, inoculantes, aditivos, estoque e expedição. Também faz parte da planta ampla área de estacionamento e a parte administrativa. “Apucarana foi escolhida por ser uma cidade estratégica, é pólo regional, está situada em um importante entroncamento rodoviário e está entre dois aeroportos, além de ser dotada de todos os recursos que necessitamos, como mão-de-obra e uma administração municipal com gestores abertos ao desenvolvimento”, finalizou Edson Rosini, sócio-administrador da Forbio. Também participou da reunião o secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno.

Produtos – A empresa irá fabricar produtos biológicos para uso na agricultura, incluindo inoculantes para leguminosas, organismos para controle biológico de pragas e linha de aditivos para sementes. Tecnicamente, os produtos da Forbio contribuem para aumentar a defesa da planta e a redução no uso de agroquímicos. O inoculante desenvolvido pela empresa, por exemplo, substitui a aplicação de uréia na soja. A bactéria absorve o nitrogênio pelo ar e transfere uréia para a planta, reduzindo os custos na lavoura.

 

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