A Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), um órgão do Estado brasileiro, produziu
relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e a defesa do senador com o
objetivo de embasar um pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz. A família
Bolsonaro não tem limites no uso privado do Estado para cobertura de seus
crimes
247 - A Agência Brasileira de Inteligência
(Abin) produziu pelo menos dois relatórios de orientação para o senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a defesa do parlamentar sobre o que deveria ser
feito para obter os documentos com o objetivo de embasar um pedido de anulação
do caso Fabrício Queiroz. Os documentos foram enviados em setembro para o filho
de Jair Bolsonaro. A Abin é um órgão do Estado brasileiro e sua apropriação
pela família Bolsonaro, para cobertura de crimes, é um escândalo sem
precedentes.
De acordo com
informações publicadas pela coluna de
Guilherme Amado, a Abin detalhou o funcionamento da suposta
organização criminosa em atuação na Receita Federal (RFB), que, segundo
suspeita dos advogados de Flávio, teria analisado de forma ilegal os dados
fiscais dele para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas.
Um dos
documentos é autoexplicativo ao definir a razão daquele trabalho.
Em um campo
intitulado “Finalidade”, cita: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a
nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”.
Os dois documentos foram enviados por WhatsApp para Flávio e por ele repassados
para sua advogada Luciana Pires.
Os
documentos contrastam com uma versão do ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, general Augusto Heleno. De acordo com o general, não teria
ocorrido atuação da Inteligência do governo após a defesa do senador levar a
denúncia a Bolsonaro, a ele e a Alexandre Ramagem, diretor da Abin, em 25 de
agosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário