terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Desembargadora mantém prisão de Crivella e prefeito do Rio vai para presídio de Benfica

 

Marcelo Crivella e outros presos na operação da polícia que foram ouvidos na audiência serão levados para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. Na decisão que determinou a prisão preventiva, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita também determinou o afastamento de Crivella do cargo

Marcelo Crivella (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


247 - A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), manteve na tarde desta terça-feira (22) a prisão preventiva do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). Decisão ocorreu após a audiência de custódia. 

Crivella e outros presos na operação da polícia que foram ouvidos na audiência serão levados para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. Na decisão que determinou a prisão preventiva, a desembargadora também determinou o afastamento de Crivella do cargo. 

Conforme o despacho da magistrada, o esquema de corrupção apontado na Operação Hades, que teve desdobramento com a prisão dos denunciados, intensificou-se na campanha de Crivella à prefeitura em 2016. Na ocasião, diz a magistrada, um dos empresários denunciados pediu que o doleiro providenciasse contas bancárias pelas quais pudesse receber quantias em espécie a serem utilizadas na campanha.

De acordo com Rosa Helena, depois de Marcelo Crivella ser eleito, o empresário passou a ocupar uma sala na sede da Riotur, empresa municipal de turismo, mesmo sem exercer qualquer cargo público. O doleiro Sergio Mizrahy disse que esteve no local diversas vezes para entregar ao empresário dinheiro em espécie, oriundo de operações de troca de cheques resultantes da cobrança de taxa de serviço.

Na denúncia, o Ministério Público ressalta que, embora Crivella não tenha sido reeleito, o que resulta na “perda de foro especial por prerrogativa de função e cessação da competência deste primeiro grupo de câmaras criminais para o julgamento da causa, as medidas cautelares requeridas, dada a sua natureza de urgência, devem ser imediatamente analisadas, sob pena de se verem frustrados a sua eficácia e os fins por elas colimados”.

De acordo com o MPRJ, as investigações começaram com a instauração do inquérito policial em decorrência do acordo de colaboração firmado com Sérgio Mizrahy, preso preventivamente no âmbito da Operação Câmbio, Desligo. Tal operação foi deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio no dia 3 de maio de 2018, como desdobramento das operações Calicute e Eficiência, em que foram apuradas denúncias de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, cartel e fraudes em licitações pela organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral.

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