O custo
de vida disparou no Brasil sob o governo Bolsonaro. Pesquisa da Fundação
Getúlio Vargas mostra o país sob risco aumento da inflação
247 - Pesquisa do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas) divulgada nesta segunda-feira (7), mostra
que dispara o custo de vida no país, com reflexos negativos para o poder
aquisitivo da população. Os preços de insumos que servem de base para a cadeia
produtiva brasileira registram a maior alta desde o início do Plano Real. A
pressão desse aumento é tal que está espalhando a inflação, antes concentrada
no produtor, por vários setores da economia, chegando ao consumidor de forma
cada vez mais intensa.
O levantamento
indica que o preço das matérias-primas brutas, como soja, milho, carnes e
minério de ferro, acumula alta de 68% nos 12 meses encerrados em outubro,
aumento inédito desde o fim do período de hiperinflação, informa o jornalista Eduardo Cucolo na Folha de
S.Paulo.
Esses
aumentos tendem a chegar ao consumidor final, o que já se reflete reajustes
elevados nos preços de muitos alimentos e bens industriais, como
eletrodomésticos e eletrônicos.
Os alimentos, por
exemplo, acumulam alta no IPA (índice de preços no atacado da FGV) de 25%,
sendo que metade desse aumento já bateu no IPC (índice de preços ao consumidor
da FGV). O arroz é um dos produtos cujo preço dispara, tendo subido quase 120%
no atacado e 62% no varejo.
A
pesquisa projeta que o IPCA (índice de preços ao consumidor do IBGE, que serve
como meta para a inflação) deve fechar 2020 em 4,17%, acima da meta de 4%, mas
abaixo do limite de tolerância. A inflação vai continuar a subir até maio do
próximo ano, quando deve ficar acima de 6% em 12 meses, informa a reportagem.
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