Consultoria
americana que terá Sérgio Moro como sócio tem em sua lista de clientes, além da
Odebrecht e OAS, outras empresas quebradas pelo ex-juiz. A construtora Queiroz
Galvão e a Sete Brasil, criada para operações no pré-sal, estão no portfólio da
empresa de Moro, que já faturou R$ 17,6 milhões só com a Odebrecht
247 - Consultoria estadunidense que terá o
ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como sócio, a Alvarez & Marsal não só
presta serviços à Odebrecht e OAS, mas também para outras empresas quebradas por
ele. Foi nomeada pela Justiça para administrar o processo de recuperação
judicial da Queiroz Galvão e da Sete Brasil, criada para a exploração do
pré-sal.
O contrato com a
Odebrecht prevê que a empresa de Moro receberá R$ 35 milhões - já recebeu R$ 17,6
milhões com o processo de recuperação judicial do grupo. Da OAS, receberá R$ 15
milhões.
O caso
da Sete Brasil é emblemático. A empresa foi criada por um grupo composto por
Petrobras, Banco BTG Pactual, Banco Bradesco, Banco Santander e fundos de pensão.
O arco de sócios por si só demonstra o caráter até estapafúrdio da ação de
Moro, pois ele é integrado por alguns dos principais protagonistas do
capitalismo brasileiro. Em 2011 e 2012, a empresa ganhou duas licitações da
Petrobras para a construção de 28 sondas de última geração.
A fúria da Lava
Jato levou a operação a "descobrir" que a empresa, uma referência
mundial no setor, teria sido criada unicamente para "ajudar na
corrupção" - a versão foi amplificada por toda mídia conservadora, como se
pode ler aqui.
A destruição causada pela dupla Moro-Dallagnol foi tamanha que a empresa, eEm
junho de 2016, entrou em recuperação judicial com endividamento de 19,3 bilhões
de dólares.
Valores
A Alvarez &
Marsal confirmou ter recebido os quase R$ 18 milhões pela recuperação da
empreiteira brasileira. Pelo serviço, tem direito a receber honorários, que
chegam a R$ 1,1 milhão por mês atualmente. A consultoria sugeriu ao juiz da
recuperação que receba R$ 22,4 milhões por 30 meses de trabalho na causa, de
acordo com informações publicadas pelo portal Uol.
Em
julho de 2019, a companhia havia solicitado receber R$ 1,5 milhão por mês em
honorários. A Odebrecht pediu à Justiça que os honorários sejam reduzidos a R$
400 mil por mês a partir de novembro, chegando a R$ 300 mil mensais a partir de
maio do ano que vem.
O
Partido dos Trabalhadores recorreu à
Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Sérgio Moro seja investigado.
De acordo com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), Moro teve informações
sigilosas sobre o Grupo Odebrecht quando atuou na Lava Jato.
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