Governo
Bolsonaro fez o Brasil despencar cinco posição no Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) da ONU em 2019: ataques à educação são principal motivo
247 - O Brasil despencou cinco posições no ranking
de desenvolvimento humano das Nações Unidas, que mede o bem-estar da população
considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda. Dados divulgados pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que o Brasil
recuou da 79ª posição em 2018 para a 84ª em 2019, primeiro ano do governo
Bolsonaro. A estagnação na educação, fruto dos ataques de Jair Bolsonaro, foi a
principal causa do resultado. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
brasileiro é de 0,765.
O Relatório de
Desenvolvimento Humano apresenta o IDH de 2019 para 189 países e territórios
reconhecidos pela ONU. A Noruega lidera a lista, com 0,957, seguida por
Irlanda, Suíça e Hong Kong. O pior colocado é o Níger (0,394).
No
Brasil, o desenvolvimento humano despenca, além do tema da educação,
quando a desigualdade entra na equação. O país perde nada menos que 20
posições quando o indicador é ajustado à desigualdade. O IDH de 0,765 cai para
0,570, uma queda de 25,5%.
É a segunda nação
que mais perde posições, atrás apenas de Comores, um país do leste da África
com 830 mil habitantes. O IDH ajustado para a desigualdade é calculado para 150
países.
A
principal causa para o resultado brasileiro neste indicador é a desigualdade de
renda — o que já vinha sendo observado em anos anteriores. A parcela dos 10%
mais ricos do país concentra 42,5% da renda total. Enquanto isso, o 1% mais
rico fica com 28,3% da renda. É a segunda maior concentração de renda do mundo,
ficando atrás apenas do Qatar.
O relatório também
chama atenção para a desigualdade de gênero, e um dado é representativo para
ilustrar esse problema no Brasil. O país com o menor IDH do mundo, o Níger, tem
mais mulheres com assentos no Parlamento — elas ocupam 17% das cadeiras —, do
que o Brasil, onde a representatividade é de 15%.
Os
dados do Pnud mostram ainda que as mulheres brasileiras vivem mais e têm mais
anos de escolaridade que os homens, mas têm menos desenvolvimento humano. Isso
porque recebem muito menos por sua força de trabalho. A renda das mulheres no
país é 41,8% menor do que a dos homens.
Segundo
o Pnud, o Brasil é um dos países com elevada desigualdade de gênero. Está na
95ª posição num ranking que inclui 162 nações para as quais foi calculado o
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG).
Leia
mais aqui.
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