Países
que exportam carne à China precisam de redobrar esforços na desinfecção dos
produtos, anunciou um representante da indústria no país asiático
Sputnik - A Associação da Carne da China (CMA, na sigla em
inglês) disse que os países que exportam carne têm a responsabilidade de evitar
a contaminação pelo novo coronavírus tanto no interior como no exterior dos
contêineres.
Países que
exportam carne à China precisam de redobrar esforços na desinfecção dos
produtos, anunciou na terça-feira (29), um representante da indústria no país
asiático, citado pela agência Reuters.
"A
China tem importado uma grande quantidade de carne este ano, e tem detectado
muitas vezes vírus nas embalagens de produtos da cadeia de frio, mesmo com
muita desinfecção, que tem sido realizada internamente", disse Gao Guan,
porta-voz da Associação da Carne da China.
Gao ressaltou que
a declaração veio em resposta a exportadores, incluindo a JBS, empresa
brasileira processadora de carne, após terem tomado medidas de desinfecção
extensiva de produtos e locais de armazenamento com fumigação, por exemplo.
Apesar de tudo, a China solicitou recentemente que o Brasil intensificasse o
processo.
Ele
também acrescentou que os custos totais e a eficiência seriam inferiores se o
processo fosse realizado diretamente nas fábricas ou nos pontos de partida da
mercadoria. A organização recomendou vistoriar tanto o interior como o exterior
dos contêineres antes de serem selados para exportação, de forma a
"garantir a segurança dos alimentos importados da cadeia de frio e
aumentar a confiança dos consumidores nos produtos importados dessa
cadeia".
O contato com
embalagens contaminadas pode levar a infecções em humanos, de acordo com a
Associação da Carne da China.
"O
vírus é novo. Ainda estamos acumulando experiência quando lutamos contra
ele", disse Gao Guan.
"Devemos
nos reunir e discutir como usar a maneira mais científica, eficiente e de baixo
custo para garantir a saúde pública e, ao mesmo tempo, o comércio",
apontou.
Desde
setembro, a Alemanha tem suas exportações de carne suína banidas na China em
consequência de um surto de febre suína africana. A Dinamarca, que junto à
Espanha, é uma das maiores exportadoras de carne à China, está em diálogo com o
país asiático sobre as opções de entrega.
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