"Os
caras se vitimizam o tempo todo", falou Jair Bolsonaro a apoiadores. Ele
também questionou uma agressão sofrida por Dilma Rousseff na mandíbula. “Tragam
o raio-x para a gente ver o calo ósseo. E eu não sou médico, hein? Até hoje
estou aguardando o raio-x”, disse, entre risos
247 - Em mais um atentado contra as vítimas da ditadura
militar brasileira, Jair Bolsonaro duvidou nesta segunda-feira (28) de práticas
de tortura cometidas pelo regime contra inimigos políticos.
Em conversa com
apoiadores no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (28), Bolsonaro citou o
caso Celso Daniel, ex-prefeito petista de Santo André morto há 17 anos com 11
tiros. Em sua declaração, falou da ex-presidente Dilma, torturada na ditadura,
inclusive por Ustra, figura tratada como herói
por Bolsonaro. A ex-presidente foi indenizada em R$ 30 mil pelas
atrocidades pelas quais passou.
“O PT
sempre falava de tortura de militar, né? ‘Oh, tortura, não sei o quê,
perseguição’. Quando foi torturado e executado um cara deles, o PT não quis
investigar. Os caras se vitimizam o tempo todo, fui perseguido”, falou
Bolsonaro. Sobre Dilma, questionou, entre risos: "dizem que a Dilma foi
torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo
ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio
X".
Em 2012, reportagens mostraram detalhes de sessões de tortura
contra Dilma. “Minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje,
problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e
apodreceu. […] Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz (capitão
Alberto Albernaz, do DOI-Codi de São Paulo) completou o serviço com um soco,
arrancando o dente”, contou a ex-presidente em depoimento em 2001 ao Conselho
Estadual de Direitos Humanos (Conedh-MG).
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