Muitos
brasileiros poderiam ser salvos se o governo de Jair Bolsonaro não fosse
negacionista e, por consequência, deliberadamente ineficiente, escreve o
colunista do Globo
247 - "Morrerão 44.545 brasileiros de Covid
nos meses de janeiro e fevereiro do ano que vem, mantida a média atual de 775
óbitos registrados em 24 horas. Muitas destas pessoas poderiam ser salvas se o
governo de Jair Bolsonaro não fosse negacionista e, por consequência,
deliberadamente ineficiente. O Ministério da Saúde anunciou que vai iniciar a
vacinação no Brasil apenas em março, acrescentando que somente um terço dos
brasileiros serão imunizados em 2021. Além disso, descartou três das quatro
vacinas que foram testadas no Brasil", escreve o colunista do Globo
Ascânio Seleme.
Segundo o
jornalista, muitas das dezenas de milhares de mortes que vão ocorrer nos
primeiros meses do ano que vem devem ser atribuídas às "estúpidas
diretrizes" políticas de Bolsonaro, obedecidas cegamente pelo
"imprevidente" ministro Eduardo Pazuello.
Seleme
prevê para o Brasil o pior cenário e compara o vexame do país com a maneira
como outros países estão lidando com a pandemia. "A Inglaterra começa a
vacinação muito provavelmente antes do Natal. Outros países europeus iniciam o
processo massivo de imunização na primeira semana de janeiro. Na Argentina, do
'inimigo' Alberto Fernández, a vacinação começa na primeira quinzena de
janeiro. Também México, Chile, Peru e Costa Rica, para ficar apenas aqui na
nossa região, começam a vacinar suas populações entre o fim de dezembro e o
início de janeiro de 2021. Todos estes países compraram a vacina do laboratório
Pfizer, que o governo brasileiro se recusa a considerar alegando que a
estocagem a temperaturas muito baixas é complicada. No Equador deve ser mais
complicado que aqui, mas lá também as vacinas da Pfizer começarão a ser
administradas em janeiro".
"Além do negacionismo declarado de Jair Bolsonaro, seus subalternos dobram-se à sua orientação ou são demitidos, como foram Luiz Mandetta e Nelson Teich. Por isso, o ministro Pazuello, um general que temporariamente tirou a farda mas jamais conseguirá vestir um avental, fala e faz apenas o que seu chefe mandar", escreve o colunista.
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