No
segundo turno, resultado favoreceu partidos de centro e centro-direita. PT
perdeu espaço na esquerda, e Bolsonaro virou coadjuvante
O resultado do segundo turno das eleições
municipais deste ano, realizado nesse domingo (29/11), reforçou o bom desempenho
eleitoral que partidos de centro e centro-direita, como MDB, PP e DEM,
obtiveram nos Executivos municipais no primeiro turno. A rodada final de
votação somou a essa vitória da “velha política” sobre a “antipolítica” avanço
nas capitais e nas maiores cidades do interior.
O MDB garantiu
cinco das 26 capitais, com vitórias importantes em Goiânia (GO), com a eleição
de Maguito Vilela, e em Porto Alegre (RS), onde o deputado estadual Sebastião
Melo desbancou Manuela D’Ávilla (PCdoB).
O
DEM, partido dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi
Alcolumbre (AP), foi vitorioso em quatro capitais, entre elas o Rio de Janeiro
(RJ), com o ex-prefeito Eduardo Paes vencendo o candidato bolsonarista e atual
prefeito da cidade, Marcelo Crivella (Republicanos), e Salvador (BA), onde o
vice-prefeito de ACM Neto, Bruno Reis, tinha vencido ainda no primeiro turno.
Os
tucanos (PSDB) também venceram em quatro capitais, com destaque para São Paulo
(SP), maior reduto eleitoral do país. Aliado do governador do estado, João
Doria (PSDB), o prefeito Bruno Covas se reelegeu com 59% dos votos válidos,
deixando para trás Guilherme Boulos (PSol) – uma das estrelas da “nova
esquerda” que tenta resistir ao avanço da direita.
“O segundo turno foi uma consolidação das vitórias do primeiro: uma
guinada do eleitor brasileiro em direção ao centro e à centro-direita”,
sintetiza o professor Ricardo Caldas, do Instituto de Ciência Política da
Universidade de Brasília (Unb), em conversa com o Metrópoles.
“Partidos
mais antigos, como MDB e PSDB, perderam prefeituras em termos numéricos, mas
essas siglas tiveram vitórias muito importantes nas capitais no segundo turno.
Ou seja, perderam em quantidade, mas ganharam em qualidade. Já o DEM ganhou em
quantidade e em qualidade”, completa.
Centro-esquerda
Merecem
destaque também nestas eleições os partidos da chamada “esquerda moderada”,
segundo Caldas, como o PDT e o PSB. As duas siglas conquistaram duas capitais
cada – todas no Nordeste, principal reduto eleitoral do PT e do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: Metrópoles
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