Provas
foram obtidas após a quebra de sigilo do corretor de imóveis que auxiliava
Flávio e sua esposa, Fernanda Bolsonaro
Sputnik - O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF)
acredita ter mais uma prova de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
usou dinheiro proveniente do esquema das "rachadinhas" para quitar a
compra de imóveis no Rio de Janeiro, informou o jornal O Globo
Essa prova envolve
o norte-americano Glenn Dillard. Graças à quebra de sigilo autorizada pela
Justiça, os promotores do MPF tiveram acesso ao arquivo do email (a chamada
nuvem) do corretor de imóveis. E identificaram que ele registrou na agenda de
seu celular um encontro para fechar negócio com o filho mais velho do
presidente da República e sua mulher, a dentista Fernanda Bolsonaro.
Entre as anotações de Dillard, responsável
pela venda dos imóveis, os promotores notaram a frase “Closing at HSBC”, o que
indica, para eles após investigações, que o negócio foi concluído em uma
agência deste banco no centro do Rio.
No mesmo dia em
que a compra dos apartamentos por R$ 310 mil foi registrada em cartório,
Dillard depositou R$ 638 mil em dinheiro vivo em uma agência do HSBC próxima do
cartório onde foi lavrada a escritura.
Para o MP, o pagamento em espécie feito no
momento da escritura veio de dinheiro oriundo do esquema das
"rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio, a ALERJ, quando
Flávio Bolsonaro ainda era deputado estadual. Neste sistema, funcionários eram
contratados para trabalhar nos gabinetes de parlamentares, mas devolviam aos
empregadores parte de seus salários.
Há três meses, em
depoimento ao MP, o senador disse não se lembrar se teve algum encontro na
agência bancária para fazer o pagamento relativo aos imóveis. Ele também
afirmou que não se recordava se a aquisição envolveu dinheiro em espécie.
Para o MP “todas essas circunstâncias
deixam claro que os valores ilícitos foram entregues ao procurador (Dillard)
pelo casal Bolsonaro, ou a seu mando, no interior da agência bancária no dia da
assinatura das escrituras de compra e venda dos imóveis, e que o dinheiro em
espécie foi depositado juntamente com os cheques”, diz o texto da denúncia.
Dillard é um dos 17 denunciados no caso
juntamente com o casal Flávio e Fernanda Bolsonaro. O senador é acusado de ser
líder de organização criminosa, além de lavagem de dinheiro e peculato.
Fonte; Brasil 247
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