domingo, 22 de novembro de 2020

Incompetência bolsonarista pode fazer Brasil perder quase 7 milhões de testes de covid

 

Testes perderão a validade entre dezembro e janeiro e dezembro deste ano e ainda não foram distribuídos pelo ministério comandado pelo general Eduardo Pazuello

Bolsonaro cumprimenta Pazuello em cerimônia de efetivação do general como ministro da Saúde 16/09/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – O governo de Jair Bolsonaro também está contribuindo para minar de vez a imagem das forças armadas brasileiras. De acordo com reportagem do jornalista Mateus Vargas, do jornal Estado de S. Paulo, publicada neste domingo, o Brasil pode perder quase 7 milhões de testes de covid, que ainda não foram distribuídos pelo ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, e podem perder a validade.

"Um total de 6,86 milhões de testes para o diagnóstico do novo coronavírus comprados pelo Ministério da Saúde perde a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021. Esses exames RT-PCR estão estocados num armazém do governo federal em Guarulhos e, até hoje, não foram distribuídos para a rede pública. Para se ter ideia, o SUS aplicou cinco milhões de testes deste tipo. Ou seja, o País pode acabar descartando mais exames do que já realizou até agora. Ao todo, a Saúde investiu R$ 764,5 milhões em testes e as unidades para vencer custaram R$ 290 milhões – o lote encalhado tem validade de oito meses", informa o jornalista.

"A responsabilidade pelo prejuízo que se aproxima virou um jogo de empurra entre o ministério, de um lado, e Estados e municípios, de outro", aponta ainda Mateus Vargas. "A pasta diz que só entrega os testes quando há pedidos dos Estados. Ainda ressalta que nem sequer as 8 milhões de unidades já repassadas foram totalmente consumidas. Secretários estaduais e municipais de Saúde dizem que não usaram todos os testes, pois receberam kits incompletos para o diagnóstico, com número reduzido de reagentes usados na extração do RNA, tubos de laboratório e cotonetes de coletar amostras."

 

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