quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Carrefour fecha em Porto Alegre e reverte vendas de hoje e amanhã para o combate ao racismo

“Todo o resultado de vendas desta quinta e sexta-feira se somará ao resultado de vendas do último dia 20 de novembro, no Fundo de Combate ao Racismo e Promoção da Diversidade criado pelo Carrefour, que já conta com o aporte inicial de R$25 milhões”, informou a empresa

Carrefour (Foto: REUTERS/Diego Vara)

247 - O Carrefour divulgou um novo comunicado nesta quinta-feira, informando que permanecerá fechado em Porto Alegre, na loja onde João Alberto Freitas foi assassinado, e que reverterá as vendas de hoje e de amanhã para um fundo de combate ao racismo no Brasil. Leia abaixo a íntegra:

O Carrefour informa que, nesta quinta-feira, em respeito ao luto da família de João Alberto e à sociedade brasileira, a loja Porto Alegre Passo D'Areia permanecerá fechada. As demais lojas Carrefour, reabrirão apenas após as 14h.

Durante esse período, nossos colaboradores participarão de ações de conscientização antirracista e tolerância zero a qualquer discriminação.

Todo o resultado de vendas desta quinta e sexta-feira se somará ao resultado de vendas do último dia 20 de novembro, no Fundo de Combate ao Racismo e Promoção da Diversidade criado pelo Carrefour, que já conta com o aporte inicial de R$25 milhões.

Reafirmando o compromisso de comunicar ações concretas para combater o racismo e valorizar a diversidade e a inclusão, o Carrefour anuncia medidas adicionais de enfrentamento à discriminação, incluindo a criação de um Comitê Externo de Livre Expressão sobre Diversidade e Inclusão, formado por reconhecidas autoridades no assunto, para auxiliar, de maneira livre e independente, o Grupo Carrefour Brasil em diretrizes e ações contra o racismo em todas as unidades da rede e na luta contra o racismo estrutural, presente em nosso país.

Como primeiras medidas deste Comitê, temos:

● O desenvolvimento e aprofundamento de ações estruturantes e regulares de educação para os direitos humanos, para todos os nossos funcionários. Demandaremos que nossos fornecedores também o façam, sempre em parceria com organizações reconhecidas;

● Uma cláusula de tolerância zero ao racismo será inserida em todos os contratos do Grupo com fornecedores. Seu descumprimento implicará no rompimento imediato do contrato;

● Estabeleceremos regras rigorosas de recrutamento e treinaremos regularmente todo o time de vigilância;

● Como medidas práticas de promoção de equidade racial no trabalho, ofereceremos qualificação diferenciada para negras e negros, visando a aceleração de carreira com metas corporativas anuais para a formação e ascensão dentro do Grupo;

● Apoiaremos instituições de ensino distribuídas pelo país, para a formação profissional de jovens negras e negros.

Sabemos que nada trará a vida de João Alberto de volta, mas não vamos medir esforços para que a transformação necessária aconteça.

Esse é só o começo de uma mudança profunda e necessária.

  

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