Programa Pátria Voluntária, coordenado por Michelle Bolsonaro, repassou R$ 14,7 mil para a Associação Virgem de Guadalupe. ONG atuou para tentar barrar o aborto legal de uma criança de dez anos que havia sido estuprada por um tio no Espírito Santo
247 - O programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama
Michelle Bolsonaro, repassou R$ 14,7 mil para a Associação Virgem de Guadalupe,
ONG que atuou para tentar barrar o aborto autorizado pela Justiça de uma
criança de dez anos que havia sido estuprada por um tio no Espírito Santo.
Segundo reportagem
do jornal O Globo,
a presidente da ONG, Mariângela Consoli, integrou um grupo que se reuniu com
autoridades estaduais e do município de São Mateus, cidade em que a criança
morava, enquanto a Justiça ainda analisa o caso. Os encontros teriam acontecido
em agosto Apesar da autorização judicial, a menina teve que realizar o
procedimento em Recife, onde foi alvo de protestos de manifestantes contrários
ao aborto.
Mariângela não nega sua participação no
que chama de “missão institucional”, mas afirma que não atuou para tentar
impedir o aborto. “Ninguém nem tocou nesse assunto. Não se falou sobre ela
realizar ou não o aborto. Somos uma obra social. Ela estava em situação de
vulnerabilidade social. Oferecemos suporte”, disse.
Ainda de acordo com Mariângela, os repasse
feitos pela Fundação Banco do Brasil, responsável pelos recursos do projeto
Arrecadação Solidária, um braço do Pátria Voluntária, foi empregado na
aquisição de cestas básicas às mães atendidas pela ONG. “A gente foi indicada
não sei nem por quem”, afirmou.
Nesta terça-feira (29), 29), o Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) pediu que o
direcionamento de recursos do programa Pátria Voluntária fosse
investigado.
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