O
presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu que a Assembleia Nacional, sob
controle da oposição, debata o casamento entre pessoas do mesmo sexo
CARACAS (Reuters) - O presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira que a Assembleia Nacional
do país debata o casamento entre pessoas do mesmo sexo durante o próximo
mandato que começa no início de janeiro, citando comentários do papa Francisco
apoiando a união civil homoafetiva.
As declarações do
papa divulgadas nesta semana foram o sinal mais claro já utilizado pelo líder
da Igreja Católica sobre os direitos das pessoas homossexuais. O casamento gay
não é legal atualmente na Venezuela, que é majoritariamente católica, apesar de
leis ou de decisões jurídicas em outros países sul-americanos como Argentina,
Brasil e Colômbia que permitem a união entre pessoas do mesmo sexo.
“Eu tenho amigos e conhecidos que estão
muito felizes com o que o papa disse ontem”, disse Maduro em um evento com
líderes de seu Partido Socialista antes das eleições legislativas, marcadas
para 6 de dezembro. “Eu vou deixar essa tarefa, a tarefa do casamento LGBT,
para a próxima Assembleia Nacional”.
A Assembleia Nacional está atualmente sob controle da
oposição venezuelana. A oposição promete boicotar o processo eleitoral,
argumentando que Maduro planeja fraudá-lo para favorecer seu partido.
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