Saída de recursos da Bolsa chega a R$ 88 bi até setembro, o dobro de 2019
247 – A falta de
confiança dos investidores internacionais na política econômica de Jair
Bolsonaro e Paulo Guedes continua provocando fuga recorde de capitais. "Os
estrangeiros continuaram retirando dinheiro da Bolsa. De acordo com dados
divulgados pela B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, o saldo negativo no ano
até o dia 29 de setembro soma R$ 88,2 bilhões. O valor representa o dobro do
registrado em todo o ano passado, quando os estrangeiros levaram de volta para
casa R$ 44,5 bilhões", aponta reportagem do
jornal Estado de S. Paulo.
Os motivos apontados pelos especialistas
são o colapso fiscal do País, a destruição ambiental e o baixo dinamismo da
economia – o que significa que todo o movimento nas bolsas tem sido sustentado
por investidores locais. Saiba mais abaixo sobre a relação entre Guedes e
Bolsonaro:
BRASÍLIA (Reuters)
- O
presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, em transmissão pelas
redes sociais, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é o “cara da política
econômica” e que a “palavra final” é dele ao dizer que a linha do governo é de
livre mercado e rejeitar um eventual tabelamento de preços de mercadorias, como
o arroz.
“A nossa política é livre mercado, seguir
a linha do Paulo Guedes, o Paulo Guedes continua (com) 99,9% de confiança
comigo, deixo 0,1 porque às vezes quero mudar alguma coisinha... Ele é o cara
da política econômica, e a palavra final é dele, ponto final”, disse.
Apesar do afago de Bolsonaro em Guedes, o
ministro da Economia tem passado recentemente por reveses na condução da sua
política econômica liberal, principalmente após a aproximação do governo com
partidos do centrão do Congresso em meio à pandemia do novo coronavírus.
Essa legendas têm tido mais espaço nas decisões do Executivo,
muitas delas contrariando a linha de atuação de Guedes e da equipe econômica.
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