O general
Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, afirmou em um artigo que Jair
Bolsonaro se comporta como um "imperador imortal", sem mencionar o
nome de seu ex-chefe. "Infelizmente, o poder inebria, corrompe e
destrói!”, destaca
247 - O ex-porta-voz
da Presidência Otávio Rêgo Barros criticou Jair Bolsonaro de maneira indireta
por meio de um artigo publicado nesta terça-feira (27) no jornal Correio
Braziliense. Embora não tenha citado o nome de Bolsonaro, ele afirma
que o poder “inebria, corrompe e destrói”. No texto, Barros também critica os
assessores e aliados que se comportam como “seguidores subservientes” pelo fato
de o ex-capitão não aceitar críticas contrárias aos seus posicionamentos.
“Os líderes atuais, após alcançarem suas
vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos
que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião”, disse
o ex-porta-voz no artigo. “A autoridade muito rapidamente incorpora a crença de
ter sido alçada ao olimpo por decisão divina, razão pela qual não precisa e não
quer escutar as vaias. Não aceita ser contradita. Basta-se a si mesmo. Sua
audição seletiva acolhe apenas as palmas. A soberba lhe cai como veste. Vê-se sempre
como o vencedor na batalha de Zama, nunca como o derrotado na batalha de Canas.
Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói!”, diz ele mais à frente.
Para Rêgo Barros, é preciso que os demais
Poderes e instituições devem permanecer vigilantes e firmes contra pressões e
abusos. “As demais instituições dessa república — parte da tríade do poder —
precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos
interesses da sociedade, que advirão como decisões do “imperador imortal”. Deverão
ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá
fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar,
esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos
atos do César”, pontua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário