sábado, 24 de outubro de 2020

"É muita cara de pau", diz Gleisi sobre nova ação contra Lula em véspera de eleição

 

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que “é muita cara de pau” o juiz Luiz Antonio Bonat, substituto de Sergio Moro na Lava Jato do Paraná, ter aceito em vésperas de eleições “a denúncia fajuta sobre as doações ao Instituto Lula, que ele sabe que são totalmente legais”

PT lança Plano de Reconstrução do Brasil com Lula, Haddad, Gleisi e Mercadante. 21 de setembro de 2020 (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que “é muita cara de pau” o juiz Luiz Antonio Bonat, substituto de Sergio Moro na Lava Jato do Paraná, ter aceito em vésperas de eleições “a denúncia fajuta sobre as doações ao Instituto Lula, que ele sabe que são totalmente legais”.



Em 2018, seis dias antes das eleições, Sergio Moro vazou uma delação do ex-ministro Antônio Palocci para prejudicar o PT
. Em seguida, o ex-juiz se tornou ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro.
Nesta sexta-feira, 23, o juiz Bonat aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula e mais quatro pessoas por suposta lavagem dinheiro na Petrobras.

O documento afirma que Lula era "comandante e principal beneficiário do esquema de corrupção que também favorecia as empreiteiras cartelizadas". O ex-ministro Antonio Palocci e Paulo Okamotto, do Instituto Lula, também são réus no processo.

Lula "teria dado aval para que importantes diretores da Petrobras fossem nomeados para atender aos interesses de arrecadação de propinas em favor dele próprio e de outros integrantes do PT, PP e PMDB, com o envolvimento de outros funcionários públicos de elevado status na administração pública", segundo o MPF.

Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente, denunciou uma nova perseguição política ao afirmar ao UOL que "a mesma decisão desconsidera que Lula já foi definitivamente absolvido pela Justiça Federal de Brasília da absurda acusação de integrar de uma organização criminosa, assim como desconsidera decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou da Justiça Federal de Curitiba a competência para analisar o assunto".

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