Mais 16 milhões de pessoas se somarão ao total de pobres no Brasil depois que Jair Bolsonaro acabar com o auxílio emergencial em dezembro. No cenário menos pessimista, cerca de 70 milhões de brasileiros viverão na pobreza, com menos de R$ 522,50 ao mês
247 - O Brasil ampliará em pelo menos 16 milhões o total de
pessoas pobres, quando o auxílio emergencial pago aos mais vulneráveis terminar
por decisão de Jair Bolsonaro, no final de 2020.
O contingente de
“novos pobres” ampliará para quase um terço os brasileiros, ou quase 70 milhões
de pessoas, que passarão a viver com menos de R$ 522,50 ao mês, em média. O
valor representa menos de meio salário mínimo.
O fim do auxílio emergencial aumentará o
total de pobres de 23,6% (50,1 milhões de pessoas) para cerca de 31% (66,2
milhões), aponta reportagem do jornalista Fernando Canzian na Folha de
S.Paulo.
Na hipótese mais otimista, o Brasil
voltaria, em termos de pobreza, ao mesmo patamar de antes da pandemia, segundo
projeções da FGV Social a partir dos microdados da PnadC (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua) e da PNAD Covid, do IBGE.
Mesmo que o governo Jair Bolsonaro supere
as imensas dificuldades que tem se apresentado para criar um programa de ajuda
aos mais pobres a partir de 2021, seu substituto deverá ser muito menor que o
auxílio emergencial.
O aumento da pobreza deve afetar mais as
regiões Nordeste e Norte. Para que a pobreza não aumente tanto, a economia e o
emprego teriam de passar por uma recuperação muito forte, com impactos
positivos sobre a renda, algo fora da maioria das previsões.
Mas as estimativas não são otimistas a
esse respeito. A expectativa do mercado é que o PIB (Produto Interno Bruto) em
2021 cresça cerca de 3,5%, numa recuperação que não compensará a queda de
5% previstos para este ano.
Já as previsões para o emprego são bastante
pessimistas, com a taxa de desocupação oscilando entre 17% e 19% no início do
ano que vem.
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