Atrás nas
pesquisas, a direita boliviana, que promoveu um golpe de estado contra Evo
Morales, pode estar tentando tumultuar a disputa
Sputnik – O presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia
argumentou que o sistema não garante segurança na difusão completa dos dados,
uma crítica já referida pelo Movimento ao Socialismo.
O Supremo Tribunal
Eleitoral (TSE) da Bolívia decidiu não utilizar o novo sistema informatizado de
contagem rápida de votos algumas horas antes do início das eleições
presidenciais, informou o presidente do TSE, Salvador Romero, segundo o jornal
Página Siete.
O Direpre (novo sistema de Divulgação de
Resultados Preliminares), anteriormente apresentado pelo TSE, foi criticado
pelo candidato presidencial Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), entre
outros.
As críticas se devem ao atraso na
publicação das fotografias dos boletins de urna. De acordo com as novas regras,
as fotos só poderiam ser publicadas após verificação nos centros de
processamento de dados.
"Nas últimas semanas, o TSE realizou
testes e simulações do Direpre e gostaríamos de informar ao país que os
resultados dos testes não nos permitem ter segurança em uma difusão completa
dos dados que ofereçam certeza ao país. É por isso que, com seriedade técnica e
motivado pela responsabilidade, o TSE decidiu retirar o Direpre do dia da
votação", explicou Romero à mídia.
O presidente do TSE garantiu, no entanto,
que a contagem dos votos será realizada de acordo com a lei, de forma segura e
transparente, e que todos poderão observar o processo de contagem dos votos.
"Qualquer cidadão poderá fotografar
os boletins de urna, as organizações políticas que possuem delegados têm
direito a uma cópia do boletim, e a contagem e escrutínio serão realizados em
público", disse Romero.
De acordo com o
presidente do TSE, a fim de comunicar os resultados oficiais, o trabalho será
feito "toda a noite de domingo [18] e tantas horas na segunda-feira [19]
quantas forem necessárias".
Mais de sete milhões de bolivianos são
chamados às urnas no domingo (18) para eleger o novo presidente do país, o
culminar de um longo processo para restaurar a ordem constitucional após o
golpe de Estado que depôs o ex-presidente Evo Morales.
Fonte: Brasil 247
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