O chamado programa Pátria Voluntária, que supostamente estimularia o terceiro setor, irrigou com dinheiro público instituições ligadas à ministra Damares Alves
247 - Dinheiro público administrado por um programa dirigido por
Michelle Bolsonaro, esposa do presidente da República, com finalidades
supostamente beneficentes, financiou, sem edital de concorrência, instituições
evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos
Humanos).
Uma dessas
entidades foi a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB)
beneficiada com R$ 240 mil pelo programa tocado por Michelle Bolsonaro,
por indicação da ministra Damares.
A AMTB consta do site da Receita Federal e
em sua própria página na internet com o mesmo endereço de registro da ONG
Atini, fundada por Damares em 2006 e onde a ministra atuou até 2015, informa
reportagem da jornalista Constança Rezende na Folha de
S.Paulo.
O programa Pátria Voluntária foi criado
por decreto de Jair Bolsonaro em julho do ano passado. Sua finalidade é
"fomentar a prática do voluntariado e estimular o crescimento do terceiro
setor", arrecadando dinheiro de instituições privadas e repassando para
organizações sociais.
O programa já consumiu cerca de R$ 9
milhões dos cofres públicos em publicidade pagos pela Secretaria de Comunicação
Social da Presidência.
Duas outras organizações filiadas à AMTB
também receberam dinheiro público sem edital de concorrência - o Instituto
Missional, com R$ 391 mil, e o SIM (Serviço Integrado de Missões), com R$ 10
mil.
Sediado em Maringá (PR), o Instituto
Missional é dirigido por Weslley Kendrick Silva, um empresário que tem fotos em
seu perfil no Facebook em confraternização com Damares e o secretário Nacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente de Damares, Maurício Cunha, que por
sua vez dirige a ONG CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral),
filiada à AMTB.
O programa Pátria Voluntária tocado por
Michelle Bolsonaro soma R$ 10,9 milhões em arrecadação de doações e já fez
repasses a instituições privadas no valor de R$ 4,3 milhões
Somente com publicidade o programa já
gastou R$ 9 milhões de dinheiro público.
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