Parte do
aumento é atribuído ao aumento das compras feitas pela China, que vem ampliando
seus estoques estratégicos impulsionada pela desvalorização do real, que chega
a quase 40% nos últimos 12 meses
(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli) |
247 - A atual conjuntura do agronegócio, influenciada pela alta do
dólar, safra abundante e valorização dos preços dos produtos, elevou os preços
para o consumidor no Brasil. Parte do aumento é atribuído ao aumento das
compras feitas pela China, que vem ampliando seus estoques estratégicos
ao longo dos últimos 12 meses. A desvalorização do real, que chega a quase 40%
no período e atraiu compradores internacionais, é apontada como uma das razões para
a alta nos preços internos.
Segundo reportagem
do jornal O Estado de
S. Paulo, a China investiu cerca de US$ 24 bilhões no agronegócio
brasileiro entre janeiro e julho deste ano, volume de recursos quase 30%
superior ao registrado no mesmo período de 2019.
Entre os principais produtos comprados
pela China estão as carnes de aves, bovinos e suínos, além da soja, que
representou 72% das compras feitas pelo país asiático. Nos primeiros sete meses
do ano, as exportações brasileiras de soja rumo ao mercado chinês cresceram 32%
ante o ano anterior, chegando 50,5 milhões de toneladas.
Essa movimentação fez com que o Brasil, maior produtor de
soja mundial, importasse 400 mil toneladas do grão. O volume é quatro
vezes maior que a apontada no mesmo período de 2019. A próxima safra de soja já
está com 45% da produção previamente vendida para o país asiático. Em relação
às carnes, a China respondeu por 49% das vendas externas de suínos pelo Brasil.
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