terça-feira, 29 de setembro de 2020

Operação Lava Jato de SP chega ao fim, sem punir tucanos

A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo chega ao fim nesta terça-feira. Futuro das investigações em curso fica indefinido. Um dos beneficiados pode ser o ex-governador e atual senador tucano José Serra. Uma procuradora assumirá os casos e deve chamar outros colegas, que avaliarão redistribuição de acervo da força-tarefa

Paulo Preto e José Serra, tucanos investigados pela Lava Jato de São Paulo (Foto: Brasil 247/divulgação)

247 - A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo chega, nesta terça-feira (29), ao seu último dia de atuação. O futuro das investigações está indefinido. Uma parte delas poderá ser redistribuída dentro do Ministério Público Federal em São Paulo. 

Há o risco de que grandes investigações acabem sem conclusão. 

A Operação Lava Jato de São Paulo tem sob sua responsabilidade as investigações sobre irregularidades cometidas por governos do PSDB em grandes obras tocadas pelos governos do PSDB em grandes obras, como Rodoanel e Metrô. 

No início de setembro, a força-tarefa informou à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho Superior do Ministério Público Federal que deixaria a Lava Jato, de forma escalonada, ao longo do mês. Dos oito procuradores, quatro ainda permanecem trabalhando até o fim desta terça, informa a Folha de S.Paulo.

Em nota, a assessoria de comunicação do Ministério Público Federal em São Paulo disse que as investigações da operação “continuam em andamento”.

A Lava Jato de São Paulo foi criada em 2017 e expandida em 2018, com o objetivo de cuidar de desdobramentos da operação enviados para o estado. No tempo de atuação, apresentou quatro denúncias contra Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador do PSDB. Também foram denunciados os ex-presidentes Lula e Michel Temer (MDB) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP).

 

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