Na
investigação do MP, a igreja de Edir Macedo é citada por ter chamado a atenção
do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$
5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019
Jair Bolsonaro recebe as bênçãos de Edir Macedo (Foto: Reprodução) |
Sputnik – Movimentações atípicas realizadas pela Igreja Universal
do Reino de Deus, totalizando quase R$ 6 bilhões, chamaram a atenção do
Ministério Público do Rio de Janeiro para possíveis envolvendo a IURD.
A informação
consta de um documento enviado à Justiça pelo subprocurador-geral de Justiça de
Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins,
obtido pelo G1. Na petição, a igreja é citada por ter chamado a atenção do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$
5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.
As suspeitas sobre a IURD têm relação
direta com o escândalo do QG da Propina, que está sendo investigado pelo MP na
prefeitura do Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação, está o prefeito
Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e aliado do empresário
investigado Rafael Alves, que ganhou fama por mensagens nas quais ameaçava
revelar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o
prefeito, sua família e a igreja. Alves é apontado como um ator influente no
governo municipal e suspeito de arrecadar propina com a conivência de
Crivella.
Segundo o MP,
outro nome importante na trama é o de Mauro Macedo, primo do fundador da IURD,
Edir Macedo, que coordenou campanhas de Crivella e é suspeito de ter recebido
Caixa 2 e de aliciar empresários para diferentes tipos de corrupção.
Para o Ministério Público, ainda de acordo
com o G1, seria "verossímil concluir" que a Igreja Universal está
sendo "utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da
endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal".
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