Em
editorial de página inteira, jornal da família Frias mostra alinhamento com a
política econômica bolsonarista e diz que o teto de gastos estabilizou a dívida
interna, quando os dados verdadeiros mostram outra realidade
(Foto: ABr | Divulgação) |
247 – Alinhada à política econômica de Paulo Guedes, a Folha de S.
Paulo manipula dados econômicos para defender a manutenção do teto de gastos,
política aprovada após o golpe de 2016, que reduziu despesas do estado,
congelou investimentos públicos e também o ritmo de crescimento da economia
brasileira, afetando negativamente a arrecadação de impostos.
No texto Em defesa do teto, a Folha afirma que,
"entre 2013 e 2016, a dívida pública saltaria quase 20 pontos, atingindo
70% como proporção do PIB (Produto Interno Bruto)", tentando jogar a crise
do endividamento no colo da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada em maio de
2016. Os dados verdadeiros, no entanto, mostraram
que os governos Lula e Dilma reduziram o endividamento – e que ele cresce em
2015, quando ela foi sabotada e impedida de governar pela conspiração golpista
e em 2016, já na gestão de Michel Temer, assim como nos anos seguintes.
O texto também afirma que "a dívida
pública manteve-se estável nos últimos dois anos ao redor de 76% do PIB",
o que não é verdade, pois o endividamento seguiu crescendo mesmo antes da
pandemia, em razão do baixo dinamismo da economia brasileira no período
posterior ao golpe. O editorial aponta os juros baixos, mas que são
consequência da depressão econômica – e não necessariamente do teto de gastos.
O que o editorial revela é que a Folha segue aferrada a dogmas neoliberais de
eficácia extremamente duvidosa.
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