O assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Tomaz confessou ter idealizado, além da página ‘Bolsonaro Opressor’ no Facebook, cinco outras contas semelhantes nas redes sociais e diz que repassa vídeo para fomentar o canal do também bolsonarista Allan Santos
247 - Em depoimento à Polícia Federal no inquérito que apura
a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, o assessor especial
da Presidência da República Tércio Arnaud Tomaz, confessou ter idealizado, além
da página ‘Bolsonaro Opressor’ no Facebook, cinco outras contas semelhantes nas
redes sociais: ‘Bolsonaro Opressor 2.0’, ‘Bolsonaro News’, ’20 Oprimir’,
‘Extrema Vergonha na cara’ e ‘Nordestinos com Bolsonaro 2018’.
Além disso, o
assessor apontado como integrante do "gabinete do ódio" admitiu
participar de um grupo de WhatsApp com o blogueiro de direita Allan dos Santos,
investigado também no inquérito das fake news e responsável pela edição da
página criadora e disseminadora de fake news Terça Livre, vinculada ao clão
Bolsonaro.
A informação é do jornalista Fausto Macedo,
do jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso a trechos do depoimento em que
o assessor de Jair Bolsonaro contou como mantinha contato com a milícia virtual
bolsonarista.
Tércio informou
que envia materiais audiovisuais diretamente ao canal de YouTube ‘Foco do
Brasil’. Segundo o assessor, vídeos de participações do presidente Jair
Bolsonaro em eventos ou entrevistas costumavam ser publicados no site da TV
Brasil, emissora estatal com conteúdo aberto, mas que, em razão de problemas
técnicos, o material passou a ser ‘filtrado’ e enviado diretamente ao canal.
“Anderson passou a entrar em contato com o
declarante (Tércio) por meio de aplicativo de mensagens Whatsapp, com
solicitação de material que pudesse ser publicado no canal do Foco do Brasil.
QUE o declarante normalmente durante viagens, eventos ou entrevistas do
Presidente da República realiza (ou recebe) pequenas filmagens que possam ser
distribuídas para canais ou mídia tradicional, situação que abarca o canal do
Foco do Brasil”, diz um trecho do termo de depoimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário