Presidenciável
Fernando Haddad destaca que a última eleição presidencial foi marcada pela
polarização: “de um lado, a pátria neoliberal, hierárquica, religiosa e armada;
de outro, o Estado-nacional social-democrata, igualitário, laico e tolerante”. "Diante
da "difícil" escolha, a elite econômica optou por Bolsonaro”, destaca
Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Abr) |
247 - O presidenciável Fernando Haddad, do Partido dos
Trabalhadores, ressalta, em um artigo publicado na Folha de S. Paulo deste sábado (12), que a
eleição presidencial de 2018 foi marcada pela polarização: “de um lado, a
pátria neoliberal, hierárquica, religiosa e armada; de outro, o Estado-nacional
social-democrata, igualitário, laico e tolerante”. “Em 2018, diante da
"difícil" escolha, a elite econômica optou por Bolsonaro”, destaca.
Haddad avalia que
“a sua eleição exigiu a instrumentalização de praticamente todas as
instituições. Uma operação coordenada como poucas vezes se viu ao longo da
nossa história” e que “a prática vem sendo utilizada com ainda mais
desenvoltura, sem que a comunidade internacional, a classe política e a
imprensa se manifestem frente aos escombros da democracia latino-americana”.
Ainda segundo ele, a situação é agravada
pela “presente guerra comercial entre EUA e China provoca desdobramentos
geopolíticos e econômicos que abalam as estruturas da região e afetam países
mais bem organizados, como Argentina e Chile”.
“A subserviência do primeiro é flagrante. A exportação do aço
brasileiro, por exemplo, foi dificultada, enquanto a importação do etanol
americano foi facilitada. Essa relação vassálica, sem dúvida, compromete a
soberania nacional, mas o que tem passado despercebido é a perda de protagonismo
político e diplomático regional do Brasil”, destaca.
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