sábado, 12 de setembro de 2020

Em 2018, a elite econômica fez a escolha por Bolsonaro, diz Haddad


Presidenciável Fernando Haddad destaca que a última eleição presidencial foi marcada pela polarização: “de um lado, a pátria neoliberal, hierárquica, religiosa e armada; de outro, o Estado-nacional social-democrata, igualitário, laico e tolerante”. "Diante da "difícil" escolha, a elite econômica optou por Bolsonaro”, destaca
Fernando Haddad e Jair Bolsonaro
Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Abr)

247 - O presidenciável Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, ressalta, em um artigo publicado na Folha de S. Paulo deste sábado (12), que a eleição presidencial de 2018 foi marcada pela polarização: “de um lado, a pátria neoliberal, hierárquica, religiosa e armada; de outro, o Estado-nacional social-democrata, igualitário, laico e tolerante”. “Em 2018, diante da "difícil" escolha, a elite econômica optou por Bolsonaro”, destaca.
Haddad avalia que “a sua eleição exigiu a instrumentalização de praticamente todas as instituições. Uma operação coordenada como poucas vezes se viu ao longo da nossa história” e que “a prática vem sendo utilizada com ainda mais desenvoltura, sem que a comunidade internacional, a classe política e a imprensa se manifestem frente aos escombros da democracia latino-americana”.
Ainda segundo ele, a situação é agravada pela “presente guerra comercial entre EUA e China provoca desdobramentos geopolíticos e econômicos que abalam as estruturas da região e afetam países mais bem organizados, como Argentina e Chile”.
“A subserviência do primeiro é flagrante. A exportação do aço brasileiro, por exemplo, foi dificultada, enquanto a importação do etanol americano foi facilitada. Essa relação vassálica, sem dúvida, compromete a soberania nacional, mas o que tem passado despercebido é a perda de protagonismo político e diplomático regional do Brasil”, destaca.

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