Após
sequência de empates na Segunda Turma, entre os quais o que anulou sentença de
Sergio Moro no caso Banestado, o ministro Edson Fachin propõe mudar a regra.
Entre os casos que aguardam julgamento, está a suspeição de Moro que poderá
restituir os direitos políticos de Lula
(Foto: STF | Brasil247) |
247 - O ministro Edson Fachin apresentou uma questão nesta
terça-feira (1º de setembro) na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
para tentar mudar a regra do Regimento Interno que prevê benefício aos réus em
caso de empate em julgamentos de matéria penal.
egundo ele, a
regra deve ser restrita apenas para Habeas Corpus, já que trata de restrição à
liberdade de locomoção. A medida afetaria o julgamento da suspeição de Sergio
Moro nos processos do ex-presidente Lula.
A 2ª Turma decidiu levar a questão para
plenário da Corte. Com o afastamento do ministro Celso de Mello, por licença
médica, os julgamentos na turma têm ficado empatados rotineiramente. A turma
então se divide em: Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski; Fachin e Cármen Lúcia.
"Não raro o empate em deliberações
colegiadas em questões de Direito Penal pode, e tem suscitado, a incidência de
normas distintas e suscetíveis de interpretações distintas do Regimento
Interno, especialmente o artigo 146, parágrafo único, e 150, §§ 1º e 3º",
afirmou Fachin.
Nas últimas semanas, com a aplicação do in dubio pro reo, um princípio do
direito, a 2ª Turma decidiu que suspender a ação penal contra o ministro Vital
do Rêgo, do TCU; anular a sentença proferida por Sergio Moro no caso Banestado;
e ainda que delatados podem questionar acordos de delação premiada para se defenderem.
Coincidência ou não, em editorial, o
jornal O Globo, da família Marinho, que foi decisivo para a condenação do
ex-presidente Luila e para a ascensão do bolsonarismo, pressionou o Supremo por
uma decisão em plenário sobre a questão.
Em editorial publicado na última sexta-feira, intitulado, Segunda Turma do STF desfalcada prenuncia retrocesso na Lava-Jato, o jornal defende o não julgamento da suspeição do
ex-ministro Sergio Moro pela Segunda Turma, o que manteria o ex-presidente Lula
sem os seus direitos políticos.
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