terça-feira, 1 de setembro de 2020

Dallagnol foi o primeiro alvo das nossas revelações, lembra Glenn Greenwald


Editor do Intercept relembra o papel da Vaza Jato na queda de Deltan Dallagnol e sinaliza que não crê no motivo apontado para seu afastamento
Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Senado | ABr)

247 - O jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept, não acredita que o procurador Deltan Dallagnol tenha deixado o comando da Lava Jato em razão de problemas de saúde na família, como foi oficialmente alegado. Em posts no Twitter, ele afirmou que Dallagnol foi o primeiro alvo das revelações da Vaza Jato, série de reportagens que demonstrou abusos na condução da operação. Confira os tweets de Glenn Greenwald e saiba mais sobre a saída de Dallagnol em reportagem da Sputnik:


Sputnik - Procurador Deltan Dallagnol, encarregado de coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, deixará seu posto na operação por alegados problemas familiares, publicou Correio Braziliense.
Desta forma, espera-se um comunicado oficial do próprio procurador sobre a decisão.
De acordo com publicação do Correio Braziliense, Dallagnol deverá passar tempo com sua filha durante um tratamento médico.
Em consequência, ao procurador-geral da República, Augusto Aras, caberá escolher uma nova equipe para a operação em Curitiba, ou não.
Dallagnol ficou conhecido na operação, em particular durante investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dallagnol é a favor da continuação do trabalho da força-tarefa, que vê como necessária para o efetivo combate à corrupção.
Ainda segundo a mídia, Dallagnol tem observado retrocesso no combate à corrupção nos últimos meses, o que seria resultado de possíveis interferências no trabalho da Polícia Federal, assim como desentendimentos internos entre as equipes do órgão nos estados com a Procuradoria-Geral da República.
Operação Lava Jato
Iniciada em 2014, a Operação Lava Jato envolve uma série de investigações contra suspeitas de um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção, envolvendo principalmente políticos, funcionários públicos e empresários.
Mais de mil mandados de busca, apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e condução coercitiva já foram feitos ao longo das dezenas de fases operacionais.


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