Editor do
Intercept relembra o papel da Vaza Jato na queda de Deltan Dallagnol e sinaliza
que não crê no motivo apontado para seu afastamento
Deltan Dallagnol (Foto: Senado | ABr) |
247 - O jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept, não
acredita que o procurador Deltan Dallagnol tenha deixado o comando da Lava Jato
em razão de problemas de saúde na família, como foi oficialmente alegado. Em
posts no Twitter, ele afirmou que Dallagnol foi o primeiro alvo das revelações
da Vaza Jato, série de reportagens que demonstrou abusos na condução da operação.
Confira os tweets de Glenn Greenwald e saiba mais sobre a saída de Dallagnol em
reportagem da Sputnik:
Sputnik - Procurador Deltan
Dallagnol, encarregado de coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato em
Curitiba, deixará seu posto na operação por alegados problemas familiares,
publicou Correio Braziliense.
Desta forma, espera-se um comunicado
oficial do próprio procurador sobre a decisão.
De acordo com publicação do Correio
Braziliense, Dallagnol deverá passar tempo com sua filha durante um tratamento
médico.
Em consequência,
ao procurador-geral da República, Augusto Aras, caberá escolher uma nova equipe
para a operação em Curitiba, ou não.
Dallagnol ficou conhecido na operação, em
particular durante investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Dallagnol é a favor da continuação do
trabalho da força-tarefa, que vê como necessária para o efetivo combate à
corrupção.
Ainda segundo a
mídia, Dallagnol tem observado retrocesso no combate à corrupção nos últimos
meses, o que seria resultado de possíveis interferências no trabalho da Polícia
Federal, assim como desentendimentos internos entre as equipes do órgão nos
estados com a Procuradoria-Geral da República.
Operação Lava Jato
Iniciada em 2014, a Operação Lava Jato
envolve uma série de investigações contra suspeitas de um grande esquema de
lavagem de dinheiro e corrupção, envolvendo principalmente políticos,
funcionários públicos e empresários.
Mais de mil mandados de busca, apreensão,
prisão temporária, prisão preventiva e condução coercitiva já foram feitos ao
longo das dezenas de fases operacionais.
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